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Quinta-feira, 28 de março de 2024




Buracos, falta de acostamento e acidentes; vejas os problemas da rodovia que será privatizada por Temer em RO

Quase dez dias depois do presidente Michel Temer anunciar que vai privatizar a BR-364, entre as cidades de Porto Velho e Comodoro (MT), o G1 percorreu a rodovia para ver os principais problemas enfrentados por motoristas e autoridades diariamente. Buracos, falta de acostamento e acidentes lideram a lista de desafios para serem solucionados com a privatização.

A BR-364 começa em Limeira (SP) e passa por vários estados, como Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre.

Na previsão do governo, apenas um trecho entre Rondônia e Mato Grosso é que será leiloado para o setor privado.

Dentro de Rondônia, a rodovia é alvo de constantes reclamações de motoristas, onde alegam ter prejuízos com buracos em vários municípios.

1° trecho

O percurso do trecho da reportagem começa por Vilhena (RO), que faz divisa com Comodoro. O município é um dos que vai receber a privatização.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Vilhena, os principais problemas da BR-364 são a falta de acostamento, ou acostamento estreito, e os buracos na pista.

A corporação atende do Km 1 até o Km 155, próximo da entrada de Chupinguaia (RO). O trecho que apresenta mais problemas com buracos é o do Km 27, localizado próximo à entrada da cidade de Colorado do Oeste (RO) e segue até o Km 40.

Contudo, atualmente, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de Rondônia está fazendo reparos na região.

Ainda segundo a PRF, o principal motivo para os acidentes do Km 01 até o Km 155 é a ultrapassagem irregular.

G1 falou com motoristas e eles enfatizaram que o problema poderia ser resolvido com a duplicação da rodovia.

“Eu e meus companheiros acreditamos que a duplicação poderia evitar muitos acidentes”, enfatizou Antônio Colla, de 55 anos, que trabalha no segmento há 30 anos.

A reportagem falou com o condutor quando ele parou em um acostamento improvisado. Por coincidência, no local havia uma cruz, que identificava uma morte ocorrida no local.

“Eu me lembro desse acidente. Foi entre dois caminhões e as condições da via contribuíram para a colisão”, contou.

Antônio voltava para Vilhena, onde mora. Ele havia descarregado uma carga de soja em Porto Velho. “Não tem acostamento nessa BR e quanto tem, não cabe um veículo. Os acostamentos, assim como a estrada, sempre têm buracos. A pior situação é na época das chuvas”, salientou.

2° trecho

Responsável pelos trechos de Pimenta Bueno (RO) a Ouro Preto do Oeste (RO), o chefe da 2ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal, Jesuíno Dantas, explica que a situação da BR 364 neste trecho ainda não está dentro de todos os padrões, mas algumas obras têm trazido melhorias.

Segundo Dantas, um dos grandes problemas são os buracos recorrentes na pista. “É um dos causadores de acidentes, mas, ultimamente o DNIT tem feito o trabalho de tapa buraco de forma mais ágil, assim a rodovia não fica tão abandonada”, afirma o chefe.

Outro ponto ressaltado são os locais onde é necessária a terceira faixa e ainda não há. Jesuíno explica neste trecho há muito trânsito de carretas e os motoristas de veículos pequenos não conseguem agilizar a viagem, pois precisam seguir o ritmo das carretas.

“Às vezes o motorista sai daqui (Ji-Paraná) e chega até a Ariquemes atrás de uma carreta, por causa das curvas ou subidas que não tem como ultrapassar. Se tivesse uma terceira faixa, a viagem seria bem mais rápida”, explica.

Segundo Dantas, a construção da terceira faixa entre Ji-Paraná e Ouro Preto já irá agilizar bastante a viagem dos motoristas. Mas, o ideal mesmo, seria a total duplicação da BR 364.

Por Eliete Marques, Pâmela Fernandes e Jeferson Carlos, G1 RO

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