Quinta-feira, 25 de abril de 2024



Cidades que ficaram sem energia serão interligadas ao Linhão

Apesar da grande oferta de energia elétrica produzida pelo complexo hidrelétrico do rio Madeira, em Porto Velho, uma grande parcela da população de Rondônia ainda é carente de energia “limpa”, um problema grave que inviabiliza a instalação de novas indústrias e coloca em grande risco o crescimento do agronegócio no interior do Estado.
A greve dos caminhoneiros em Rondônia afetou 25 localidades de Rondônia deixando municípios sem energia elétrica e alterando o cotidiano da população. Na última sexta-feira, Alvorada do Oeste, que depende de energia gerada por grupos geradores, ficou sem energia das 14h às 20h30 e no sábado os moradores ficaram sem energia pela manhã.
Segundo apurou o Diário, essas áreas isoladas consumiram no primeiro trimestre deste ano 81 milhões de litros de óleo diesel. A maior demanda é na região de Rolim de Moura do Guaporé, que consumiu somente no mês de março 7 milhões de litros de óleo diesel. Em Machadinho, no mês de março, houve um consumo de 1 milhão e 289 mil litros do produto.
No último dia 27 de março, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) baixou uma solução autorizativa para a execução de três projetos importantes de interligação de regiões do Estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), cujo montante das obras somam mais de R$ 321 milhões.

CONEXÃO DE CINCO REGIÕES

O projeto, segundo apurou o Diário, prevê a conexão de cinco regiões ao SIN atendendo às cidades de Machadinho do Oeste, Buritis, municípios no eixo da BR-429 e a Ponta do Abunã, uma região de mais de 300 quilômetros que está localizada na divisa de Rondônia com o estado do Acre, onde a força do agronegócio é importante para a economia de Porto Velho.
“Nessa primeira etapa serão contemplados os municípios de Alvorada do Oeste, na BR-429, até a região de Chupinguaia, no Sul de Rondônia”, disse Maggio Lobo, coordenador do Comitê de Obras da empresa Eletrobrás, distribuição Rondônia. “As obras já estão em pleno andamento e a previsão de conclusão é julho de 2019”, acrescentou.
Hoje os municípios da BR-429 são atendidos por meio de energia gerada através de grupos geradores instalados em uma Unidade Termoelétrica, que chegam a consumir por mês mais de 2 milhões de litros de óleo diesel. Além de causar prejuízos ao meio ambiente, esse tipo de produção de energia coloca em risco acordos internacionais firmados pelo Brasil na preservação da Amazônia.
O canteiro de obra já começa a movimentar as pequenas cidades de Alvorada e as obras devem gerar mais de 200 empregos diretos e 250 indiretos

 

 

DIÁRIO DA AMAZÔNIA

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