Sábado, 20 de abril de 2024



Comerciantes reclamam da ausência de moedas

O pequeno Léo Soares faz parte da estatística apresentada pelo Banco Central, ele pegou gosto por guardar moedas depois de uma viagem com a mãe. A acadêmica de psicologia em Cacoal Cláudia Soares contou que desde então o filho quando vê moedas já coloca no cofre. “Se tornou comum, está virando hábito agora”, contou. Cláudia ficou surpresa ao tomar conhecimento sobre a falta de moedas no comércio e saber sobre promoções que incentivam a troca.

De acordo com o Banco Central, a cada dez moedas colocadas em circulação, quatro ficam guardadas em casa. Conforme a instituição, neste ano foram colocadas em circulação R$ 713 milhões de moedas novas, mas a falta em alguns estabelecimentos é grave.
Alguns lojistas afirmam ter a sensação de que as moedas existam em números muito inferiores aos oficiais. O supermercado Irmãos Gonçalves, por exemplo, iniciou uma campanha denominada ‘Moedas da Sorte’ e conforme o cartaz, a cada R$ 10 em moedas a pessoa ganha um cupom para concorrer uma TV de 48’’.

Para o funcionário público Francisco de Assis, que tem costume de trocar em casas lotéricas, vale a pena aproveitar a chance. “Dá raiva na gente quando a loja diz que falta troco”, comentou.

“Hoje em dia ainda bem que as pessoas usam mais cartões e ter troco em moedas no caixa está cada vez mais difícil”, contou o operador de caixa Daniel Alves. De acordo com o funcionário do posto de gasolina, os clientes antigos juntam e são concedidos descontos em troca das moedas.
“A moeda de R$ 0,01 não vejo há um tempão”, descontraiu. Para a gerente Adriana Vieria, o aumento das festas de final de ano preocupa o comércio, que terá que reinventar formas para garantir troco em moedas. “O governo teria que disponibilizar mais, não vejo outra solução”, enfatizou. O Banco Central publicou que recebe diariamente as solicitações da rede bancária e atende segundo a disponibilidade de estoque.


spot_img


Pular para a barra de ferramentas