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Quinta-feira, 28 de março de 2024




Evento debate pirataria no Madeira

Amanhã Porto Velho vai ser tornar a capital da navegação do Brasil. O movimento de mobilização acontecerá no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), às 9h. O evento será realizado pela Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega) e contará com representantes de toda a navegação brasileira.

No encontro serão discutidos temas sobre a pirataria e privatização do rio Madeira, a falta de dragagem e a solicitação junto à Receita Federal para que o Porto de Porto Velho receba mercadorias vindas da Zona Franca de Manaus (ZFM). Para o presidente da Fenavega, Raimundo Holanda, a maior parte das exportações no País são feitas através da navegação, por isso o rio Madeira é de extrema importância “precisamos transformar o Madeira em uma hidrovia e discutir a dragagem periódica”, afirmou Holanda.

De acordo com o presidente, durante o inverno podem ser transportadas até 40 mil toneladas e no verão esse valor reduz para 10 mil “isso se dá devido a baixa do rio, porque o Governo Federal não faz a dragagem do canal para aprofundar no período da seca”, ressaltou Raimundo.

Outro problema enfrentado pela navegação no rio Madeira é a pirataria, “cresceu muito o número de assaltos às embarcações, só no ano de 2014 tivemos um prejuízo de 10 milhões”, disse Holanda ao afirmar que não existe uma política de combate a estes crimes. Segundo ele, estes atos de pirataria geram insegurança para os clientes “existe seguro para as cargas, mas alguns não cobrem e algumas empresas não querem fazer seguro porque a frequência de roubos é grande. Além disso o valor normalmente é muito alto”, concluiu.

Raimundo ainda alertou para uma possível relação entre os furtos com outros problemas ocorridos ao longo do rio Madeira “estes furtos alimentam o tráfico de drogas, a exploração sexual infantil, combatendo a pirataria você combate as drogas e a violência infantil”, ressaltou o presidente.

Ainda segundo a Fenavega, os integrantes da federação são contra a privatização do rio Madeira. Raimundo disse que nos dias de hoje é muito importante discutir o tema, pois o abastecimento do Estado é feito através da hidrovia “o Governo Federal baseia nas privatizações das rodovias, mas se não transformar o rio numa hidrovia não é viável a privatização”, relatou ele.

INCLUSÃO DO PORTO NA  ZFM

A Fenavega dirigiu consulta à Receita Federal, solicitando que o Porto da capital atue no transporte fluvial de mercadorias oriundas da ZFM. As mercadorias sairiam por transporte aquaviário de Manaus até Porto Velho e em seguida por transporte rodoviário para outras áreas do território Nacional, conforme documento apresentado.

A Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph) é parceira do evento, segundo Leudo Buriti, diretor da Soph, a inclusão do Porto no centro de distribuição da ZFM é importante “é o único público alfandegário da região norte, existem portos privados alfandegários. Para a cidade além de arrecadação atrai também movimentação, gera empregos. Se a receita atender à proposta, essa mercadoria recepcionada pelas empresas gera renda, agrega valores para a economia local, hotéis e restaurantes”, ressaltou.


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