Os tempos mudaram. Foi-se a época que qualquer pessoa sem experiência poderia ocupar uma vaga de lavador de veículos. Em Porto Velho, os donos de lava jatos estão exigindo qualificação profissional, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e, em muitos casos, até recomendação de outros estabelecimentos.
De acordo com o dono de um lava jato, Tiago Souza, a seleção é fundamental para o empreendimento se destacar no mercado. “A escolha do trabalhador certo faz o sucesso da empresa. Só aqui na nossa rua existem diversos lava jatos, então nossos colaboradores devem fazer os serviços bem feito, caso contrário o cliente vai para o lava jato da esquina”, disse Souza.
Além da experiência, o administrador de outro lava rápido, Osmar Limpias, afirma que pede todos os dados pessoais dos trabalhadores. “A maioria deles ficam pouco tempo nos lava jatos, porque esse emprego é temporário. Então exigimos o endereço deles, documentos pessoais e ser maior de idade. Temos que ter toda cautela, caso ocorra algum problema sabemos onde encontrar os familiares”, afirmou Limpias.
O comerciante diz que pede a Habilitação dos trabalhadores. “Eles devem ter CNH, pois trabalhamos com veículos e não podemos entregá-los para qualquer um sem habilitação, se acontecer alguma coisa o responsável pela conta será eu”, finalizou.
Empresas buscam referências
O empresário Raimundo Barros da Cunha destaca que seleciona todos os trabalhadores pessoalmente. “Todos os dias chega gente aqui pedindo para lavar carros, mas não podemos aceitar todo mundo. Sempre pergunto onde eles trabalharam pela última vez, quanto tempo trabalhou lá e porque saiu do local”, explicou Cunha.
O empresário Raimundo Barros da Cunha acredita que uma boa entrevista é importante para evitar futuros incidentes. “A responsabilidade é muito grande, se sumir algum pertence do cliente ou até mesmo um deles pegar algum veículo e causar um acidente o prejuízo é todo meu. Então somos cautelosos nessa escolha”, finalizou.
TEXTO: Paulo dos Santos FOTO: Jota Gomes/Diário da Amazônia
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