Quinta-feira, 25 de abril de 2024



Marcelino Tenório lamenta pouco envolvimento de deputados na discussão sobre paralisação de caminhoneiros

O deputado Marcelino Tenório (PRP), em seu pronunciamento durante a sessão desta quarta-feira (30), criticou a ausência da maioria dos parlamentares na discussão sobre a paralisação dos caminhoneiros no país, iniciada há cerca de 10 dias.

O deputado destacou a importância do debate para que os parlamentares possam ter a percepção de que a solução não está em uma decisão do Executivo ou do Judiciário, ma sim, do parlamento brasileiro.

“É triste ver essa cena, onde em um parlamento onde temos 24 deputados, ver que apenas quatro trouxeram esse assunto para discussão. O Poder Legislativo se apequenou, como acontece em Brasília, onde senadores e deputados federais parecem não querer buscar um entendimento”, argumentou Marcelino Tenório.

O parlamentar lembrou que eleições majoritárias acontecerão daqui a alguns meses e disse esperar que a população se lembre de quem realmente tem interesse de fazer algo pelo Brasil.

Marcelino Tenório citou o Fundo Partidário e disse se tratar de recurso público voltado a custear poucos partidos, mas várias “siglas partidárias, são firmas constituídas para ganhar dinheiro do trabalhador sem prestar qualquer serviço em benefício do povo brasileiro”, argumentou o deputado.

“Esse ano serão 35 agremiações. Isso é uma vergonha para o estado brasileiro que sobrevive com dinheiro público”, declarou Tenório.

Sobre a paralisação dos caminhoneiros, o deputado disse que esperava que essa decisão fosse um dia assumida por outro segmento, a classe estudantil.

“Foi uma categoria que, lá atrás, tirou um presidente da República do poder. Imaginei, ainda, que a OAB um dia tomasse essa iniciativa, mas não, quem tomou foi a parte mais fraca, que trabalha com toda a necessidade da indústria, do comércio, da saúde”, destacou Marcelino Tenório.

O parlamentar disse considerar a greve legítima e defendeu que os caminhoneiros não podem contar com boas estradas, mas enfrentam preços absurdos de combustíveis e impostos abusivos.

“E essa classe conquistou 90% de aprovação do povo brasileiro. E isso significa que eles estão dizendo que o poder público não está fazendo o seu dever. Porque se tivesse, a situação não teria chegado aonde chegou”, frisou o deputado.

O parlamentar, ao falar de economia de recurso público citou a 7ª Rondônia Rural Show onde, segundo Tenório, gerou negociações de mais de R$ 500 milhões dentro de um setor que produz alimentos para a nação brasileira, trabalha com exportação e não existe corrupção, “porque não vende para o setor público”, acrescentou o deputado.

Marcelino Tenório afirmou que o Brasil vive um cenário onde tudo está errado, onde corromper ou ser corrompido se tornou uma banalidade. Para o deputado, “o Brasil é um país forte, que tem tudo que o ser humano precisa para sua existência, água, alimento, energia, mas não sabe trabalhar e não respeita o dinheiro público, e dessa forma, não faz investimentos”.

Os deputados Cleiton Roque (PSB), Jean Oliveira (MDB) e Adelino Follador (DEM), apoiaram o parlamentar em seu discurso e defenderam a economia de recursos públicos e mudanças na forma do governo federal conduzir o país.

Marcelino Tenório reforçou que em Rondônia, praticamente não há investimentos dentro do Estado. Para o deputado, economizar significa impostos mais baratos e, consequentemente, mais dinheiro para investimentos em educação, saúde, segurança, habitação e saneamento.

“Todo representante eleito pelo povo, independente de qual seja, prefeitos, vereadores, deputados estaduais ou federais, senadores, presidente da República precisam ter consciência de que é preciso economizar, cortar mordomias e privilégios bancados com dinheiro público, para que os resultados possam chegar lá na ponta, que é a sociedade”, enfatizou Marcelino Tenório.

ALE/RO – DECOM – Juliana Martins

Foto: Gilmar de Jesus


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