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Sexta-feira, 29 de março de 2024




Moradores fazem protesto pedindo melhorias na saúde pública de Ji-Paraná, RO

Um protesto foi realizado na manhã deste domingo (18), no centro de Ji-Paraná (RO), na Região Central. O grupo cobrou melhorias na saúde pública e aconteceu como uma forma de solidariedade às mulheres grávidas que perderam os filhos no Hospital Municipal Dr. Claudionor Horriz, em janeiro de 2017 e em fevereiro deste ano.

Protestopediu basta na negligÊncia denunciada pela família das mulheres que perderam o bebê  (Foto: Pâmela Fernandes/G1)

Protestopediu basta na negligÊncia denunciada pela família das mulheres que perderam o bebê (Foto: Pâmela Fernandes/G1)

No início do ano passado, a dona de casa Érica Camila, de 29 anos, estava grávida de 21 semanas quando passou mal no trabalho e descobriu que a gestação era de alto risco. Depois de fazer uma ultrasonografia por conta própria e descobrir que a criança estava morta, ela precisou esperar 22 dias para fazer a cirurgia cesariana.

“Pra mim foi muito difícil, porque a negligência foi imensa. Não vinha ninguém conversar com a gente, explicar a situação. Passaram-se três plantões pra um outro médico vir conversar comigo; é difícil. A gente, que passa por isso, espera sair do hospital com o filho nos braços e comigo já não foi a mesma coisa”, desabafa.

Outro caso aconteceu no início deste mês, com uma jovem de 19 anos que estava no último mês da gestação. Conforme o relato do pai, o serralheiro João Costa, ela sentiu fortes dores, foi para o Hospital Municipal e acabou perdendo a criança. Ele afirma que a criança morreu porque a mãe não foi atendida no tempo certo.

“Em momento nenhum o Hospital Municipal falou com a minha filha. Em momento nenhum o Hospital Muncipal levou acompanhamento com psicólogo. Minha filha ficou no quarto lá e não teve nenhum profissional de saúde por parte da direção do hospital que tenha acompanhado ela e conversado com ela”, diz.

Parte dos manifestantes no local do protesto  (Foto: Pâmela Fernandes/G1)

Parte dos manifestantes no local do protesto (Foto: Pâmela Fernandes/G1)

As famílias alegam negligência do hospital, que não conta com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.

Por telefone, o diretor do hospital, Rafael Papa, informou à equipe da Rede Amazônica que a responsabilidade por uma UTI Neonatal é do Estado, já que o atendimento é de alta complexidade.

Por Gustavo Rebouças, G1


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