Sexta-feira, 19 de abril de 2024



Nível do rio deixa autoridades alertas

 

B1 - abre - ji-paraná - Fábio souza copyO nível das águas dos dois principais afluentes de Ji-Paraná, os rios Machado e Urupá vêm subindo gradativamente, longe ainda da margem 10,20 metros, que provoca alagações e deixa famílias desabrigadas em vários pontos da cidade. O 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros (GB) e o Conselho Municipal de Defesa Civil trabalham em estado de alerta, temendo que as chuvas intensifiquem nas regiões de Cacoal, Rolim de Moura e Pimenta Bueno, onde há rios que desaguam no Machado e elevam o nível do rio.

A situação que deveria preocupar as famílias ribeirinhas, em nada altera a rotina dos moradores. Cautelosos, muitos construíram suas casas em palafitas, há três metros de altura. Para outros, a experiência de enchentes anteriores fez com que adotassem algumas medidas.
“Acredito que a situação está sob controle, ainda falta muito para o rio transbordar e mesmo se o rio transbordar dificilmente chegará dentro de minha casa. Creio que o único problema que enfrentarei será para sair de casa, mas até para isso já dei um jeito, pois deixei dois barcos apostos, caso eu venha a precisar”, disse Evilázio Severiano, autônomo.

Para o sargento do 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros, João Faustino, a situação é de alerta na região de Ji-Paraná, mesmo o nível dos rios Machado e Urupá não apresentando risco à vida dos moradores. “Estamos atentos 24 horas com equipe em prontidão para atuar, apesar de nossa preocupação se concentrar mais nos meses de janeiro e fevereiro, quando ocorrem as enchentes na cidade. Por enquanto o rio está dentro da caixa, não causa preocupação”, ressaltou.

O GB trabalha hoje com 48 Bombeiros Militares para resgate e salvamento de vidas. Além de três embarcações e um Jet Sky. O monitoramento das famílias em região de risco é realizado diariamente, para que, em caso de emergência, possa efetuar o resgate o mais rápido possível.

Em caso de urgência, os desabrigados serão encaminhados ao ginásio poliesportivo Gerivaldão, ou para casa de parentes na cidade. Seu Antônio Joaquim sabe que essa possibilidade não está descartada.

“Minha casa fica há menos de 30 metros do rio Machado, e ele transbordando a rua vai ficar alagada, assim como o meu quintal. Se a situação piorar, o jeito é sair daqui”, comentou Antônio, diarista.

Se o rio transbordar os bairros mais atingidos são: Casa Preta, Urupá, Duque de Caxias, Primavera e São Francisco.

 

TEXTO: Wilson Neves FOTO: Fábio Souza/Diário da Amazônia


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