Quarta-feira, 24 de abril de 2024



Obras na Rodovia 425 aproximam-se da 364

De acordo com a Gerência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) em Rondônia, faltam menos de seis quilômetros para que as obras de pavimentação da BR-425 atinjam o entroncamento com a BR-364, no distrito de Abunã, região de Porto Velho. Mesmo com as chuvas, a Gerência estima que será possível concluir o trecho até dezembro.

“Isso não significa a conclusão do trabalho, uma vez que a cobertura será apenas preventiva, com o chamado TSD – aquela camada de pavimentação mais grosseira – para evitar que a chuva possa danificar o trabalho de compactação já realizado. Mesmo assim, a estrada ficará em condições bastante satisfatórias de trafegabilidade, o que já acontece nos demais 150 quilômetros, boa parte dos quais já coberta, inclusive, pelo asfalto emborrachado, a primeira aplicação em uma rodovia rondoniense”, disse o engenheiro Anísio Rodrigues de Carvalho, gerente de Contrato da Construtora Rondônia Transportes e Serviços Ltda, responsável pelos dois trechos da obra.

Ele acrescentou que a empresa teve o cuidado adicional de implantar uma sinalização provisória mesmo nos trechos ainda não totalmente concluídos, como forma de oferecer maiores condições de segurança aos motoristas.

“A pintura das faixas de sinalização horizontal não é definitiva, ao contrário do que chegou a ser noticiado pela imprensa, mas apenas um cuidado adicional para com a segurança dos usuários. Ou seja: alguns sites de notícias estão condenando a empresa por excesso de zelo. Ou carência de informação”, rebateu.

Empresa contesta pesquisa da cnt sobre malha viária

Da mesma forma, segundo Anísio de Carvalho, estão equivocadas as informações da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que publicou estudo sobre a qualidade da malha rodoviária no País e classificou de “ruim” a situação da BR-425. “Mesmo ainda distante do término da obra de reforma, previsto para agosto de 2016 conforme o cronograma, são bastante satisfatórias as condições da rodovia, segundo os próprios usuários. A não ser, claro, pelas pontes de ferro da antiga Madeira-Mamoré, nas localidades de Ribeirão e Araras. Verdadeiros monumentos ao atraso que insistem em permanecer na BR-425”, argumentou, citando que as novas pontes já têm até seu projeto concluído e o Dnit trabalha para viabilizar os recursos necessários à execução da obra.

O engenheiro afirmou que as dificuldades da economia nacional têm refletido na parte financeira da construtora e penalizado o ritmo das obras, apesar do grande volume de trabalho desenvolvido em oito frentes na rodovia e da qualidade do empreendimento, realizado com as mais modernas técnicas – fato atestado, inclusive, pelo engenheiro Cláudio Gama, responsável técnico da Engenheiros Consultores (Consol), empresa contratada pelo Dnit para supervisionar a obra. “Ocorre que a emulsão asfáltica – cimento asfáltico em estado líquido, usado para impermeabilização – e o CAP – principal constituinte dos revestimentos asfálticos de alto padrão como o Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) somente são fornecidos para pagamento à vista”, informou.

Reforçando as informações de Anísio de Carvalho, o coordenador de Engenharia do Dnit, engenheiro Alan Lacerda, disse que a obra prossegue “absolutamente dentro do cronograma, embora a estrada, totalmente remodelada, já ofereça hoje boas condições de trafegabilidade e segurança em mais de 96% do trecho total”.

Contudo, Alan Lacerda chamou a atenção dos usuários para a necessidade de cuidados na nova estrada. “Acostumados às dificuldades da velha rodovia, os motoristas tendem a “apertar o pé” na nova BR, o que compromete a segurança e pode ocasionar graves acidentes”, alertou.

 


spot_img


Pular para a barra de ferramentas