Terça-feira, 23 de abril de 2024



Rondônia pode ser livre sem vacinação

Depois de Santa Catarina, Rondônia poderá se tornar o segundo Estado Brasileiro a conquistar o certificado como área livre de febre aftosa sem vacinação, outorgado pelo Ministério da Agricultura. As porteiras estão se abrindo para mostrar que Rondônia tem um rebanho sadio capaz de oferecer carne de boa qualidade, tanto ao mercado interno como externo agradando os mais exigentes paladares.

Agora os técnicos da Agência Idaron, tem pela frente a missão de cumprir o protocolo firmado na 44ª reunião da Comissão Sul-Americana para Luta Contra Aftosa (Cosalfa), oferecendo a oportunidade para que em outubro de 2018, seja a última etapa de vacinação assistida em Rondônia. A partir de 2019, se todos os detalhes técnicos estiverem em ordem o Estado será área livre de febre aftosa sem vacinação.

Para se tornar um estado livre de febre aftosa sem vacinação, atendendo às exigências, inclusive da Organização Internacional de Epizootias (OIE), na exportação carne bovina sem restrições aos países dos blocos europeus e árabes mais fechados, Agência Idaron terá uma tarefa árdua pela frente nos próximos meses.

Reunidos em Pirinópolis (Goiás), na semana passada os representantes dos 13 países do Continente Americano que representa o Cosalfa três deles livre de febre aftosa sem vacinação decidiram que Rondônia e Acre, serão os próximos Estados brasileiros que terão seus rebanhos considerados livres de febre aftosa sem vacinação conforme explica Anselmo de Jesus, presidente da Agência Idaron.

Para ele, “as porteiras estão se abrindo, mas os técnicos precisam se movimentar para cumprir todas as metas, senão teremos que continuar vacinando o rebanho”. E por via de consequência, o Estado perdendo dinheiro. Como Rondônia é o primeiro Estado a entrar no processo para se tornar área livre de febre aftosa sem vacinação, nos dias 3 e 4 de maio, em Brasília, técnicos da Agência Idaron e Ministério da Agricultura iniciam a formatação do processo técnico com o objetivo de cumprir todas as metas até 2018 dentro de um calendário a ser obedecido.

Anselmo de Jesus reconhece a complexidade do processo, as nuances técnicas, os itens e metas rigorosas a serem cumpridas até 2018 para que o Estado se torne área livre de febre aftosa sem vacinação abrindo portas para outros negócios e empreendimentos como, suinocultura, frangos e ovinocultura. Segundo afirmou empresas de Santa Catarina ligadas a este setor demonstrando interesse em se instalar em Rondônia com vistas às exportações para Europa e Ásia.

Atentos e vigilantes nas fronteiras isolando o rebanho rondoniense

A vigilância nas fronteiras com outros Estados e países vizinhos terá que ser redobrada, não permitindo a entrada de animais que possam comprometer esse processo tão importante para economia de Rondônia. O Acre faz parte deste processo porque tem um bom serviço de vigilância sanitária com os animas acrianos passando pelo estado de Rondônia, com atestado de sanidade. Em outras palavras o rebanho acriano é sadio e vai pegar uma carona com os rondonienses.

Durante a 6ª Rondônia Rural Show, no município de Ji-Paraná entre 23 e 27 de maio, Anselmo de Jesus e técnicos da Agência Idaron, vão se reunir com técnicos do Acre para discutir os caminhos a serem seguidos a partir de agora até outubro de 2018, última etapa de vacinação assistida contra a febre aftosa. Depois é aguardar o resultado do processo que validará ou não, pelo Ministério da Agricultura o trabalho das equipes técnicas.

Independente ou não de Rondônia se tornar livre de febre aftosa sem vacinação, somente em 2020 é que estados como Mato Grosso e Paraná poderão pleitear para juntamente com Santa Catarina obter status de áreas livres de febre aftosa sem vacinação. Na atualidade somente o estado catarinense possui o certificado de livre de febre aftosa sem vacinação. Rondônia poderá ser o segundo e Acre o terceiro.

Rondônia tornar-se juntamente com o Acre ao mesmo tempo em dois Estados livres de febre aftosa sem vacinação é uma oportunidade ímpar, que os técnicos dos dois Estados não devem deixar passar. Outra vai demorar a surgir. O momento é de somar esforços, esquecer as picuinhas do passado, afinal de contas são centenas de milhares de dólares que estão em jogo. Ganham os Estados, os pecuaristas, a região que se torna conhecida e respeitada. Como área livre de febre aftosa sem vacinação, Santa Catarina exporta tudo que produz.

 


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