Sábado, 20 de abril de 2024



Vacina contra a gripe é intensificada

Após o lançamento da Campanha Nacional de Combate à Influenza (gripe) no município de Porto Velho, ocorrida na última sexta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) imunizou 11.230 pessoas em Porto Velho, divididas nos grupos de idosos com 60 anos ou mais, crianças com idade a partir de seis meses a menores de 5 anos, mulheres no período pós-parto (até 45 dias), gestantes, portadores de doenças crônicas, profissionais da saúde, agentes penitenciários, povos indígenas e pessoas desprovidas de liberdade.
A vacinação nacional começou no último dia 22 e vai até o dia 9 de maio, com o objetivo de combater tanto a gripe comum, quanto a gripe A (causada pelo vírus Influenza A H1N1). A meta na Capital é atingir 79 mil pessoas, o que corresponde a 80% do público-alvo estipulado pelo Ministério da Saúde.

Maria Alves, mãe do pequeno Artur, não perdeu tempo e vacinou o filho para evitar a doença. “Ele é muito pequeno e mesmo que a gente cuide dele, não podemos ver um vírus, então a melhor coisa é prevenir meu filho com a vacina”, destacou Maria.
Com 69 anos e muita disposição, Francisco Teixeira afirma que é frequentador dos postos de saúde, inclusive em épocas de campanhas de prevenção de doenças. “Sempre venho tomar as vacinas. Na maioria das vezes venho sozinho, não espero pelos meus filhos. Já estou em uma idade elevada que não posso arriscar”, afirmou Teixeira.
Segundo a chefe da divisão de imunização da Semusa, Elizeth Gomes, o recomendado é tomar a vacina, caso contrário a gripe pode evoluir para outras doenças e levar até a morte do indivíduo. “Uma simples gripe pode se tornar uma pneumonia e demais doenças respiratórias, se não cuidar o paciente pode morrer, como já tivemos casos”, alertou Elizeth.

Outras Medidas devem ser adotadas

A vacinação contra gripe é uma importante ação de prevenção da doença, mas não dispensa medidas básicas de proteção. São cuidados simples, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.
A transmissão da gripe acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).
Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente as integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

ampanha segue até 9 de maio

Para alcançar a meta, a Semusa organizou no último sábado o “Dia D”, dedicado à intensificação da vacina em todas as unidades de saúde da rede municipal. Apenas com a ação foram vacinados aproximadamente oito mil pessoas. As 11.230 pessoas vacinadas até agora representam apenas o núcleo urbano da Capital, pois a Semusa ainda encontra dificuldade em coletar os dados nos distritos afetados pela cheia histórica do rio Madeira.
A chefe de imunização ainda destaca que a maior dificuldade para vacinar está relacionada ao grupo de idosos. “Eles não gostam de esperar na fila. Quando chegam nos postos e veem a fila grande parte deles voltam para casa. Eles querem ser atendidos na hora e como todos os grupo são prioridade, não podemos passar os idosos na frente”, relatou.

INDÍGENAS

Os povos indígenas também devem ser vacinados, porém, no caso deles a vacinação é independente da idade. As vacinas estão sendo distribuídas na Casa de Saúde Indígena e Casa de Apoio à Saúde do Índio localizadas dentro da Fundação Nacional dos Índios (Funai). “Todos eles devem tomar, uma vez que eles tem um sistema mais vulnerável que o nosso. E como vivem em tribo, se um índio pegar a gripe pode repassar e prejudicar a saúde de todos”, explanou Elizeth.

Paulo do Santos – Repórter do Diário da Amazônia


spot_img


Pular para a barra de ferramentas