Com as obras iniciadas em setembro de 2016, após a demora de um ano na liberação orçamentária para a construção da ponte do Abunã, no Rio Madeira, entre Rondônia e Acre, os serviços podem parar. A previsão de término era agosto de 2019, porém do orçamento previsto, apenas R$ 12 milhões foram liberados pelo Governo Federal e o restante foi bloqueado.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), até o momento já foram concluídos 94% da obra. Para o restante, ainda falta a construção do vão central e ainda as duas cabeceiras. Nestes dois locais os trabalhadores estão concentrando os serviços, mas com ritmo de trabalho reduzido.
“Precisa de R$ 20 milhões para acabar as obras e só temos R$ 8,5 milhões. O pessoal já apresentou projeto dos encabeçamentos e está em discussão em Brasília. Estamos avançando, se tiver recursos, a gente pretende terminar ainda neste ano”, disse o superintendente regional substituto do Dnit/RO, engenheiro Cláudio André Neves.
Ao ser questionado sobre a mudança da data da entrega, Neves foi enfático. “A vigência contratual é até agosto, mas se não houver recursos não temos como cobrar a empresa para terminar até agosto”.
A vigência contratual é até agosto, mas se não houver recursos não temos como cobrar a empresa para terminar até agosto.
GOVERNO DO ACRE BUSCA SOLUÇÃO
O governo acreano já iniciou as tratativas em busca de solução. O chefe do Executivo Estadual Gladson Camelli (PSDB) levou o impasse ao presidente da República Jair Bolsonaro no encontro de governadores que tratou do endividamento dos estados.
“Ele tem pressionado o Governo, a bancada, em reuniões na sede do Dnit, com ministros, para que realmente tomem alguma decisão o mais rápido possível e a gente inicie termine esse acesso [ponte] rápido”, informou e cobrou Thiago Caetano, secretário de Estado de Infraestrutura do Acre.
(…) para que realmente tomem alguma decisão o mais rápido possível e a gente inicie termine esse acesso [ponte] rápido.
SOLUÇÃO ESPERADA
Para o Acre, que depende da BR-364 para receber e escoar a produção, o empreendimento vai tirar o estado do isolamento desde que se tornou independente da Bolívia, no século XX.
Por Etiene Gonçalves – DIÁRIO DA AMAZÔNIA