Com medo de serem cassados, prefeito, vice e vereadores que respondem a processo eleitoral, se “empossam” no Município de São Miguel do Guaporé

Ocorreu, na última segunda-feira, a “posse” dos eleitos no Município de São Miguel do Guaporé. A cerimônia foi realizada na Câmara Municipal, porém quem assistiu pelas redes sociais, como esse jornalista que ficou sabendo pela “boca de fora”, o ato mais parecia um funeral, diante da perspectiva de moradores quanto à possibilidade concreta de que o prefeito, o seu vice e alguns vereadores que respondem a processo eleitoral, não exerçam os seus mandatos, a partir do próximo dia primeiro. De acordo com algumas autoridades as quais tive contato, ambas me disseram que há condições que sejam realizadas novas eleições, devendo o presidente da câmara tomar posse no dia primeiro como prefeito tampão até a realização de nova eleição tanto para vereador e, principalmente, da chapa majoritária, composta por Cornélio Duarte de Carvalho e Ronaldo da Mota Vaz. A ilegalidade desses agentes políticos é patente em razão de que a pessoa natural de Valdeci Elias, dirigente do MDB, ter os “seus direitos” cassados pelo TJ/RO, fato até agora não reconhecido pelo TRE/RO, uma situação que deixa “constrangida” a direção da justiça eleitoral de não ter observado esse erro, que vai representar um efeito cascata em todo o Estado de Rondônia, quando se sabe que o presidente regional do MDB, Lúcio Mosquini e seu partido também estarem em situação de impedimento por terem suas contas reprovadas pelo próprio TRE e confirmado pelo TSE.

A posse antecipada no Município de São Miguel é sinal de que onde há fogo, há fumaça, dois requisitos básicos para a concessão de medida liminar em caráter antecedente, a abrir caminhos que levem à verdade dos fatos reais, consubstanciada no elemento surpresa, uma vez que o caso merece melhor atenção dos fiscais da lei, notadamente daqueles que operam o direito eleitoral no Estado de Rondônia. Preenchidos os dois requisitos, é concedida a medida liminar para impedir o exercício do mandato eletivo, que começa a partir do próximo dia 01 de janeiro de 2021. O maior medo dos eleitos não reside em não exercerem os seus mandatos, mas sim de terem que pagar por todas as despesas, se por caso, venha a ser realizada eleição, sendo que os bens declarados à Justiça Eleitoral pelos candidatos possam ficar indisponíveis para a quitação das despesas provenientes com a realização da eleição que ocorreu no dia 15/11/2020 no Município de São Miguel do Guaporé. Cornélio Duarte de Carvalho, por exemplo, prefeito reeleito, informou que tem uma “chácara”, ocorre que se descobriu que o imóvel é um sítio dentro da cidade de São Miguel do Guaporé, considerado o mais valorizado entre todos, razão pela qual se nota, nos últimos dias, muita preocupação, nervosismo e até mesmo perda de peso, diante da possibilidade de que o poder eleitoral venha a impedi-lo de exercer o seu mandato, pela segunda vez, situação que atinge o seu vice, visto que a chapa majoritária é considerada indivisível, ou seja, parecida com um casal de apaixonado que se agarra em um abraço de tamanduá bandeira, que é o princípio da morte. (Jornalista Ronan Almeida de Araújo).

 

 

 


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