Sexta-feira, 03 de maio de 2024



Denúncias de estupro contra crianças ou adolescentes cresceram 38% no primeiro semestre de 2023 em Rondônia

O número de estupros contra crianças ou adolescentes aumentou 38% em Rondônia, no primeiro semestre de 2023. As informações são do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC).

O monitoramento mostra que de janeiro a junho deste ano 110 casos de estupros foram denunciados aos MDHC. Já no segundo semestre de 2022, os registros de denúncias chegaram a 70, uma diferença de 38%.

Nesse primeiro semestre, maio foi um dos meses com maior número de denúncias. Foram 29, praticamente uma por dia. Esse período é justamente o dedicado à Campanha Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra crianças e adolescentes.

O mês sucessor, junho, também registrou 29 denúncias, segundo o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.

Alerta

Em maio, quando a prefeitura de Porto Velho lançou a campanha de combate à violência sexual à crianças e adolescentes, o titular da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasf) afirmou que a maioria desses casos são cometidos por pessoas próximas.

“Infelizmente ainda há muita violência contra criança e adolescente em Porto Velho e infelizmente quem comete a violência é uma pessoa próxima a família ou às vezes dentro da própria casa”, declarou Claudi Rocha.

Psicólogos e outras entidades também declaram que a maior parte dos abusos contra crianças e adolescentes é praticada por pessoas próximas da vítima e em ambientes conhecidos da família.

Caso recente

Na última terça-feira (11), um homem, de 34 anos, foi preso pela Polícia Civil, em Alto Paraíso, após a sua filha denunciar os abusos cometidos pelo pai.

Segundo a Polícia, a criança denunciou os abusos para a mãe, após participar de uma palestra em combate a crimes de estupro de vulnerável, na escola onde ela estuda, ministrada por policiais civis e psicólogo da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A mãe da menina procurou a Polícia, denunciou o caso, a vítima foi submetida a exame no Instituto Médico Legal (IML) e o laudo constatou o crime.

De acordo com as investigações, a criança, que atualmente tem 11 anos, foi abusada desde os 06 anos de idade. Apesar da prisão em Alto Paraíso, os crimes teriam acontecido no distrito de Garimpo de Bom Futuro, em Ariquemes.


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