DESESPERO: Médicas pedem demissão, Sesau não substitui e bebê fica sem tratamento

Se não bastasse viver com a angústia e medo devido ao problema de saúde de Ana Raissa Costa de Jesus, de apenas 1 ano, a família tem que se preocupar também em providenciar um médico particular para atender a bebezinha. Segundo os pais, o Hospital Infantil do Estado Cosme e Damião, não tem médico especialista em doenças do coração.

Ana Raissa foi diagnosticada aos 4 meses de vida, com uma doença chamada cardiopatia congênita, que é ocorre quando o coração não tem forças para trabalhar sozinho e precisa de ajuda de aparelhos para bombear o sangue.

Ela foi internada no Hospital Cosme e Damião no início de março, quando foi atestada a doença. O tratamento de Ana era de alto risco e não é oferecido em Rondônia, que ela precisou ser levada para São Paulo, onde realizou a cirurgia no coração. O procedimento ocorreu no último dia 31 de março.

Quase dois meses depois, a pequena Ana retornou à capital rondoniense e foi direto para o Hospital Cosme e Damião, ainda em observação. A bebê permaneceu no hospital até 31 de junho, quando recebeu alta.

Porém, segundo os médicos, Ana deveria passar por avaliação a cada 15 dias com um médico cardiologista. As primeiras datas foram cumpridas. A última consulta da bebê ocorreu ainda na primeira quinzena de setembro.

Até esse dia estava tudo bem. Porém, a partir daí, a pequena Ana não conseguiu mais ser atendida. O motivo alegado pelo hospital foi a falta de um cardiologista.

De acordo com o pai, Adailton Alves, a médica que estava atendendo sua filha, teria pedido demissão. O hospital então teria ficado sem opções e não conseguiria mais dar a assistência que a filha dele necessita. E foi isso o que aconteceu.

O pai relatou ao Rondoniaovivo, que uma consulta agendada para o início deste mês foi cancelada, devido à falta de médico cardiologista.

“Eles me ligaram e disseram que a avaliação que ela teria para fazer no dia 4 de novembro foi cancelada porque não tem cardiologista. Eu perguntei quando iria ter e me responderam que não teriam nem previsão”, disse Adailton.

O pai de Ana revelou também que a médica que estava atendendo sua filha, recomendou, antes da demissão, que ele procurasse o serviço particular. Adailton acredita que a especialista já previa o que poderia acontecer com o tratamento da pequena Ana.

Ainda conforme o pai, o tratamento da sua filha deverá durar a vida toda e caso não siga ele à risca, o tempo de vida da criança pode ser encurtado.

Ao Rondoniaovivo, o diretor do hospital, Sérgio Pereira, confirmou a falta de médicos para atender pacientes ambulatoriais, que é quando o paciente aguarda em casa e realiza consulta na data marcada.