DESPERDÍCIO: Obra da nova sede da PRF está parada há 7 anos em Porto Velho

Anunciada com pompa e que seria um dos prédios públicos mais modernos de Rondônia, quase 7 anos depois, a obra da nova sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-364 (sentido Acre) com a estrada da Areia Branca, na entrada de Porto Velho, está abandonada.
O local já está tomado por muito mato, sendo corroído pelo tempo (com muito sol e chuva), com claro desperdício dos recursos pagos pelo contribuinte por meio de impostos pesados.
O Rondoniaovivo conversou com alguns motoristas que passam no local todos os dias. Um deles, um professor da rede pública de ensino, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que fica pensativo ao ver o prédio esquecido ali.
Quem nasce no Brasil, se acostuma com obras paradas, que demoram décadas para serem concluídas, que nunca terminam ou nem saem do papel. Esse é só mais um exemplo de como nosso dinheiro é mal investido”, desabafou ele.
Corrupção
Em agosto de 2019, a Polícia Federal (PF) cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em dois estados por meio da operação Pare e Siga para investigar desvios financeiros na construção da nova sede da PRF. Os mandados foram cumpridos em Porto Velho, Ji-Paraná e Manaus (AM).
Os desvios apurados segundo a PF, chegaram a R$ 1,1 milhão e a obra ficaria R$ 14 milhões mais cara do que o previsto, chegando a incríveis R$ 35 milhões.
Também havia suspeitas de irregularidades na contratação de uma nova empresa para realizar o levantamento do que faltava ser executado na construção.
A operação foi realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF).
À época, a Justiça Federal também determinou o afastamento do cargo do superintendente da PRF de Rondônia, Bruno Malheiros. Além do bloqueio, sequestro de bens, a quebra do sigilo bancário de todos os envolvidos.
Malheiros é genro do ex-governador e ex-senador Ivo Cassol (PP) e foi nomeado para o cargo após pedido do sogro à presidente Dilma Rousseff (PT).
Detalhes
De acordo com a PF, as investigações começaram em 2014 e revelaram indícios da prática de peculato, associação criminosa, dispensa irregular de licitação, superfaturamento de serviços e pagamentos ilegais.
Todas essas irregularidades estão ligadas à contratação irregular de uma empresa para a construção na nova sede da PRF no estado.
Uma das fraudes investigadas é no valor correspondente às medições da obra. A empresa contratada pela PRF para fiscalizar os trabalhos avaliou os serviços executados em R$ 70 mil. No entanto, o valor aprovado pela comissão do órgão foi de R$ 263 mil, 300% a mais, conforme a PF.
Em 2014, o superintendente da PRF teria rescindido o contrato com a empresa de fiscalização após não ter atendido o pedido dele de trocar o profissional que “dificultava” a aprovação das medições. Depois disso, nenhuma outra empresa foi contratada para seguir com a fiscalização da construção.
A construção do prédio estava avaliada em R$ 21 milhões, tinha prazo de um ano e deveria ter ficado pronta no fim de 2014. Mas, de acordo com as investigações, esse valor foi pago e apenas 75% da obra foi concluída.
Outro lado
O Rondoniaovivo entrou em contato com a assessoria de comunicação da PRF em Rondônia para saber detalhes de quando o prédio será entregue.
O responsável pelo setor, Andrei Milton, informou que 80% da obra foi concluída, que a corporação está trabalhando junto à bancada rondoniense para buscar os recursos que faltam, mas que não há um prazo final nem o valor que falta ser investido para a inauguração da nova sede.

Galeria de Fotos da Notícia

DESPERDÍCIO: Obra da nova sede da PRF está parada há 7 anos em Porto Velho

 

DESPERDÍCIO: Obra da nova sede da PRF está parada há 7 anos em Porto Velho

 

DESPERDÍCIO: Obra da nova sede da PRF está parada há 7 anos em Porto Velho

 

DESPERDÍCIO: Obra da nova sede da PRF está parada há 7 anos em Porto Velho

 

DESPERDÍCIO: Obra da nova sede da PRF está parada há 7 anos em Porto Velho

Felipe Corona/Rondoniaovivo


Pular para a barra de ferramentas