Domingo, 05 de maio de 2024



DROGAS SINTÉTICAS: Assessora da Assembleia Legislativa é presa por tráfico

Maria Eduarda Aquino da Costa Marques, assessora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), está entre os presos na terceira fase da Operação Doce Amargo, que teve como alvo, especialmente, traficantes de drogas sintéticas que atuam em toda região metropolitana de Cuiabá.

A ação foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), nesta terça-feira (05). Na ocasião foram cumpridos 151 ordens judiciais, sendo 43 mandados de prisões preventivas, 54 mandados de busca e apreensão e 54 ordens de bloqueio de contas.

Os principais presos na operação são jovens de classe média alta. Entre eles estão um estudante de medicina, o assessor de gabinete de um juiz de Cuiabá, identificado pelas iniciais R.M.F., e Maria Eduarda.

A assessora foi nomeada ao cargo em junho de 2023, com salário base de R$ 3.430,64. Com acréscimo de vencimentos, retribuição pecuniária pelo efetivo exercício do cargo, o valor líquido já chegou a R$ 5,9 mil.

De acordo com o delegado Wilson Cibulski Júnior, drogas como ecstasy, MDMA e LSD, atraem a classe média alta por ser um público com maior poder aquisitivo.

A Operação

No curso das investigações conduzidas pela DRE, foram identificados traficantes envolvidos com o comércio de drogas sintéticas como ecstasy, MDMA, LSD, popularmente conhecidas como “bala”, “roda” e “doce”, além de outras substâncias como variações de maconha, que eram comercializadas com usuários de melhor poder aquisitivo em bairros considerados nobres da Capital e em festas e baladas.

Esses traficantes atuavam de forma associada, dividindo tarefas e sendo fornecedores diretos a outros contatos, também somando valores para compra de maiores quantidades de drogas com qualidade mais refinada.

Outra parte dos investigados se associava ao grupo comprando drogas para fornecimento a terceiros, captando usuários e intermediando uma espécie de rateio para ampliação das vendas ilícitas. Destacou-se ainda na investigação a participação de alguns investigados vinculados a uma facção criminosa que atua no Estado de Mato Grosso, mediante o pagamento de espécie de taxa para execução das atividades ilícitas.

DO REPÓRTERMT


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