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Sexta-feira, 29 de março de 2024




Em oito meses Rondônia registra 9.455 denúncias de violência doméstica

Os números de violência contra mulheres continuam elevados em Rondônia. De acordo com dados divulgados pela Polícia Civil de Rondônia entre janeiro e agosto deste ano 9.455 mulheres denunciaram ameaças de violência doméstica, enquanto o número de lesões corporais chegou a 7.721 notificações.

Até agosto foram notificadas 24 tentativas de feminicídio no estado e 4 casos crimes  consumados.

O levantamento divulgou os meses com maior incidente de denúncias de ameaças. O ano começou com 1.195 ameaças de violência e 964 notificações de lesão corporal no mês de janeiro. Em março, período que começou a pandemia no país, foram notificados 1.020 casos de ameaças de violência doméstica e 821 casos de lesão corporal em Rondônia.

Em 2019 foram contabilizadas 13.628 ameaças de violência doméstica, 10.439 casos de lesões corporais, 31 tentativas de feminicídio e 6 vítimas.

Denúncias realizadas entre janeiro e agosto de 2020 / Foto: Divulgação Polícia Civil

Em Porto Velho o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Mulher atende mulheres em situação de violência doméstica, realiza acolhimento, escuta e atendimento psicossocial através de psicólogas, assistentes sociais e assessoras jurídicas com objetivo de cessar o ciclo de violência.

De acordo com a Coordenadora do Creas Mulher, Vânia Tomaz, durante a pandemia a procura pelo serviço se manteve estável o que aumentou foi o número de acolhimento na casa abrigo.

“O mês de julho foi o de maior incidência. Os nossos números não refletem esse aumento, mas isso não significa que violência não tem intensificado porque com a pandemia e o isolamento houve maior dificuldade para as mulheres acessarem os canais de denúncias instituições, chegar até uma delegacia, ou seja os números não refletem a realidade’’, disse.

A coordenadora destaca que o Creas acolhe as denúncias feitas por outras instituições de violência doméstica, como Delegacia da Mulher e Unidades de Saúde e também a demanda espontânea.

“Para atendimento a equipe marca o acolhimento, faz escuta e traça um plano. Em caso de risco de morte, a mulher é aconselhada sobre a existência de uma casa sigilosa para proteção dela e para os filhos enquanto sai a medida protetiva’, disse.

O Creas Mulher fica localizado na Rua Antônio Lourenço Pereira de Lima, no bairro Embratel. Para esclarecimentos é possível entrar em contato pelos telefones (69) 3901-3640 e WhatsApp (69) 98473-2547. O atendimento funciona de segunda a sexta das 8h às 18h e durante a noite e nos finais de semana funciona no plantão social pelo telefone 0800-647-1311.

 

Por: Larina Rosa / Diário da Amazônia


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