Servidores da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) investigados por integrarem uma organização criminosa que concedia regalias a presos incluindo churrascos dentro de presídio em Jaru (RO), foram afastados dos cargos através de uma liminar judicial. Entre os investigados está o ex-gerente da Sejus e policiais penais.
O pedido de afastamento foi feito através do Ministério Público de Rondônia (MP-RO), em julho de 2021. Após denúncias de crimes no Centro Regional de Ressocialização Augusto Simon Kempe de Jaru.
Na ocasião, foi apontado que os servidores estavam dando trânsito livre no presídio para presos, além de oferecerem cômodos confortáveis, visitas fora do dia determinado, acessos a aparelhos eletrônicos e churrasco dentro do presídio.
Foram oferecidas três denúncias. E há indícios de que servidores receberam vantagem pessoalmente e através de empresa de um apenado, o qual também contava com apoio de sua esposa.
Segundo investigações da Polícia Civil, os servidores públicos são ligados a um esquema de corrupção, visando oferecer benefícios e regalias, além de transferências entre unidades prisionais e trabalhos externos.
Na última quarta-feira (9), a Justiça atendeu o pedido da 3ª Promotoria de Justiça de Jaru e decidiu afastar o ex-gerente regional da Sejus e os servidores envolvidos na organização criminosa, que segue sendo investigada pela Polícia Civil.
Na decisão da Justiça Estadual, foi autorizada a remessa dos documentos necessários para que a Sejus instaure processo administrativo disciplinar para apuração da conduta dos servidores.
DIÁRIO DA AMAZÔNIA