O preço da farinha de mandioca, em Porto Velho, está mais elevado, segundo o Instituto Intersindical de Estatísticas. Nos dois primeiros meses, o valor chegou a quase R$ 6, mas subiu em julho. Atualmente o quilo da farinha é vendido por mais de R$ 7. Durante os últimos 12 meses, o Programa de Educação Tutorial da Universidade Federal de Rondônia (Unir) apontou um reajuste de mais de 145% no preço.
A baixa produtividade da mandioca, por causa da degradação do solo, também contribuiu para que este item da cesta básica tivesse um aumento maior do que a inflação, que no período foi de 1,44%. Somente em julho houve aumento de mais de 15% no preço final do produto em todo estado.
O agente de saúde Manoel Montinegro afirma que compra o produto todos os finais de semana e por fazer pesquisa de preço percebeu variação no valor.
O comerciante Raimundo Nonato Marques de Souza explica que as vendas vêm caindo cerca de 30% desde julho de 2012. “Hoje, nós vemos a crise que acontece no nosso país. E essa crise afeta do pequeno ao grande”, diz o comerciante que frisa que a alternativa encontrada para alavancar as vendas foi investir em promoções.
Já o comerciante Luiz Santos da Silva diz que foi obrigado a repassar o aumento aos consumidores. Ele relata que o aumento foi tão alto que este mês chegou a pagar R$ 250 em um saco de 50 quilos de farinha d’água e R$ 300 no de farinha de coco. “Com a farinha mais cara, a gente tem mais dificuldade pra vender. Porque se aumentou, o consumidor já não quer comprar como comprava antes”, garante Luiz.
Segundo a economista Sharlene Rocha, o aumento foi devido a exportação de farinha para a região Nordeste. “Devido a seca que acontece lá [na região Nordeste] diminuiu a produção nordestina e a gente tem exportado sempre pra eles”, garante Sharlene que ressalta que a tendência é continuar o aumento nos preços.
Autor: TV RO – Unir
