Durante o julgamento de vários pedidos de Hábeas Corpus (HC) feitos ao Tribunal de Justiça de Rondônia nesta quinta-feira, 01, vieram à tona mais um rol de revelações surpreendentes sobre o caso de corrupção que envolve vários políticos de Rondônia com quadrilhas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas e fraudes junto a operadoras de cartões de crédito.
A desembargadora-relatora do processo, Ivanira Feitosa, ao julgar o pedido de soltura de Fernando Braga Serrão, o “Ferando da Gata”, foi enfática ao denunciar que o mesmo era tão influente dentro da Câmara Municipal de Porto Velho que indicava quem seria presidente, vice, primeiro secretário e demais membros da Casa de Leis.
Em determinado momento da audiência disse a desembargadora: “Fernando Braga também confessa que tem aquela deferência na construção da direção da mesa chegando a indicar os nomes e quem gostaria que fosse membro”. A magistrada foi questionada sobre o possível envolvimento de vereadores que compõe a atual presidência da Câmara com o esquema, porém a resposta foi de que a mesma só pode se manifestar nos autos processuais.
O procurador de Jutiça Abdiel Figueira foi além e acusou Fernando da Gata de manter um esquema criminoso ainda mais abrangente com ramos, inclusive, dentro da facção criminosa Primeiro Camando da Capital (PCC) e com o seu líder, Fernandinho Beira Mar. “Não é só o estelionato em que ele está envolvido, em outras gravações temos conversas mantidas com representantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) entre outros”, afirmou.
No julgamento do HC da mulher de Alberto Ferreira Siqueira, o Beto Bába, a desembargadora afirmou que a mesma movimentava uma conta da quadrilha com mais de R$ 3 milhões e que, portanto, tinha participação ativa e ciência total da fraudes com o uso de cartões de crédito em que a quadrilha estava envolvida e pelas quais está sendo acusada.
