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Sexta-feira, 29 de março de 2024




PF faz operação para prender suspeito de desmatar e incendiar a reserva ambiental Margarida Alves

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta sexta-feira (19) para cumprir sete mandados judiciais em Rondônia. Segundo a polícia, o grupo é suspeito de desmatar e provocar incêndios na reserva ambiental Margarida Alves em Nova União (RO).

Dos sete mandados expedidos pela Justiça, seis são de busca e apreensão e um de prisão.

“Os investigados são responsáveis por causar incêndio de grandes proporções na Reserva em Bloco do Assentamento Margarida Alves, localizada no município de Nova União, além de desmatar, invadir e comercializar ilegalmente terras em referida reserva”, diz a PF.

De acordo com a PF, cerca de 30 agentes participam da Operação Coordenação nas cidades de Nova União, Mirante da Serra e Ouro Preto do Oeste.

 

Como o grupo agia?

 

Segundo a PF, o líder da organização criminosa instigou os invasores a incendiar, desmatar e ocupar a reserva Margarida Alves, sob o pretexto de que a área seria regularizada junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Agentes cumprem mandados judiciais na Operação Coordenação em Rondônia — Foto: PF/Divulgação

Agentes cumprem mandados judiciais na Operação Coordenação em Rondônia — Foto: PF/DivulgaçãoMuitas pessoas da região de Nova União acreditaram nas promessas e atenderam ao pedido do chefe do bando.

 

Quanto foi desmatado?

 

Uma perícia realizada na reserva descobriu que o grupo criminoso desmatou 1,6 milhão de hectares, causando um dano ambiental de R$ 3,5 milhões.

“O custo para a recuperação ambiental da área foi calculado em R$ 2,9 milhões. Com isso o grupo gerou um prejuízo para União em torno de R$6,5 milhões”, afirma a PF.

 

Como o esquema foi desvendado?

 

Após a PF deflagrar a Operação Illusio, em dezembro do ano passado, foi descoberto que aproximadamente 210 pessoas invadiram e repartiram a reserva Margarida Alves em 07 glebas, as quais foram denominadas pelos invasores como “comunidades”.

A investigação aponta que cada um dessas setes comunidade tinha uma liderança.

“Os levantamentos realizados culminaram na identificação da liderança do grupo invasor e de outras pessoas que auxiliaram o grupo na empreitada criminosa”, diz a polícia.

Todos os investigados na Operação Coordenação responderão por estelionato e associação criminosa, incêndio e desmatamento, e invasão de terras públicas.


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