Rondônia confirma dois casos de varíola dos macacos e investiga outros quatro

Rondônia confirma dois casos de varíola dos macacos e investiga outros quatro casos. De acordo com a Agevisa (Agência Estadual de Vigilância em Saúde), as identidades e cidades dos pacientes não serão divulgados por receio de discriminação.

Os dois primeiros casos foram registrados no estado no último final de semana, os pacientes estão sendo monitorados e permanecem isolados. Além disso, outros 24 casos suspeitos foram descartados.

Atualmente, os exames são feitos na Fiocruz de Manaus (AM). O diagnóstico positivo ou negativo para a varíola fica pronto em cerca de dez dias.

Vacina contra varíola dos macacos

O Brasil recebeu no início de setembro o material biológico necessário para iniciar o desenvolvimento de uma vacina contra a varíola dos macacos, ou monkeypox. O material conhecido tecnicamente como sementes do vírus vacinal foi doado pelo Instituto Nacional de Saúde (National Institutes of Health – NHI), agência de pesquisa médica dos Estados Unidos, para Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Esse é o primeiro passo para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra a doença. Com esse material, é possível desenvolver o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), que é a matéria-prima para a produção vacinas. O CTVacinas receberá o lote e trabalhará em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos).

A iniciativa é uma das ações definidas como prioritária pelos pesquisadores brasileiros que integram a CâmaraPOX Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Constituída em maio deste ano, o grupo formado por oito pesquisadores brasileiros especialistas em varíola e outros poxvírus assessora o MCTI sobre o assunto em relação à pesquisa, desenvolvimento e inovação.

A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.

Mais de 50 mil casos no mundo

Mais de 50 mil casos de varíola dos macacos foram registrados desde o início de um surto que afeta principalmente a América do Norte e a Europa, informou a Organização Mundial da Saúde no fim de agosto.

De acordo com o painel da organização que registra todos os casos confirmados, havia 50.496 casos e 16 mortes em 31 de agosto. Nos Estados Unidos, assim como na Europa, o número de infecções parece estar diminuindo.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o declínio de novas infecções pode ser uma prova de que o surto está sendo contido.

“Nas Américas, onde mais da metade dos casos relatados foram registrados, vários países continuam tendo um aumento no número de infecções, mas é encorajador ver uma tendência de queda sustentada no Canadá”, declarou Tedros em entrevista coletiva.

DIÁRIO DA AMAZÔNIA

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