Sexta-feira, 19 de abril de 2024



Rondônia vai exportar carne direto para os Estados Unidos

Rondônia, que segundo matéria da Gazeta Mercantil em junho ultrapassou o Rio Grande do Sul em receita e volume embarcado, ficando entre os cinco maiores exportadores de carne bovina do País e o primeiro da região Norte nesse ranking, deverá a partir do mês de agosto pela primeira vez exportar carne diretamente para os Estados Unidos (EUA).

A informação foi dada ao governador Confúcio Moura na manhã desta segunda-feira (1) pelo superintendente federal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Estado, Valterlins Calaça Marcelino, ressaltando que com isso a qualidade da carne rondoniense, com a certificação Boi Verde, ou seja, criado exclusivamente no pasto, será reconhecida mundialmente, uma vez que até então era exportada para o Chile, de onde seguia para outros países como se fosse chilena.

A reunião com o governador foi solicitada por Valterlins para convidar o governador a participar no próximo dia 27, às 10h, da inauguração da Base Física de Vigilância Sanitária Agropecuária construída em Porto Rolim, distrito de Alta Floresta do Oeste. A obra, que tem investimento da ordem de R$ 650 mil, incluindo a mobília e lancha equipada, é o primeiro empreendimento da região Norte com recursos da parceria do Ministério da Agricultura e Pecuária com o Programa de Ação Mercosul Livre de Aftosa, que será entregue à Agência de Desenvolvimento Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) para o fortalecimento da vigilância sanitária na fronteira Brasil/Bolívia.

Em nome do Mapa, Valterlins parabenizou o governador Confúcio pelo trabalho que vem realizando no sentido de agregar valor à produção no Estado, contribuindo com a fixação do homem no campo. “Em 30 anos nunca se viu esse tipo de apoio ao produtor, a exemplo do incentivo à piscicultura”, disse o superintendente federal.

Ainda segundo a Gazeta Mercantil, no mês de junho os embarques de Rondônia alcançaram 8,64 mil toneladas em equivalente carcaça, num total de US$ 13,51 milhões, que representam 4,8% do volume e 3,4% do faturamento do setor no período, passando à frente do Rio Grande do Sul que, por falta de animais de reposição, tem capacidade ociosa superior a 50% em seus frigoríficos. Aliado a isso, Rondônia recebeu investimentos de indústrias, inclusive de quatro das maiores que se instalaram na região com capacidade de abate de 3,35 mil animais por dia, passando a responder por 3,5% do faturamento e 4,2% do volume comercializado pelo País no primeiro semestre.

Conforme o consultor Tito Rosa, citado na matéria, mesmo que o Rio Grande do Sul retorne sua posição, Rondônia continuará entre os maiores exportadores.

Para o governador, a exportação da carne de Rondônia diretamente para os Estados Unidos é resultado das ações e fiscalizações do Estado no sentido de melhorar a qualidade da produção com a erradicação da aftosa e outras doenças que possam comprometer o consumo.


Texto: Veronilda Lima
Fotos: Ésio Mendes


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