Segunda-feira, 06 de maio de 2024



Semasf encerra o cronograma das ações do Agosto Lilás no CCI

As ações do Agosto Lilás foram promovidas pela Prefeitura de Ji-Paraná por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf). A atividade de encerramento ocorreu no Centro de Convivência do Idoso (CCI) com a palestra “Feminicídio – A dor do silêncio”, pela assistente social do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Solange Boaventura.

O tema abordado é alusivo à campanha de Conscientização pelo Fim da Violência contra Mulher. As atividades também ocorreram nas unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), na empresa Tencel Engenharia, no espaço da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), na avenida das Seringueiras (T-14), do 2° distrito.

A assistente social da NASF, Solange Boaventura, relatou a própria experiência, como vítima de feminicídio. “Eu fiz uma dinâmica com os idosos para eles perceberem a diferença dos 30 segundos, em que uma mulher pode estar viva ou morta, sendo mais uma vítima da violência que ocorre diariamente”.

Agosto Lilás é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica contra a mulher, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016, com objetivo de divulgar a Lei Maria da Penha de nº 11.340/2006. A violência contra a mulher é crime. Ela apontou formas de evitar, enfrentar e punir a agressão.

A coordenadora do Programa Empreende Mulher e palestrante, Leda Santana, a finalidade é levar informações sobre a Lei Maria da Penha, de como denunciar os abusos e as violências existentes. Leda ressaltou também que busca incentivá-las a participar dos serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência.

A assistente social da NASF reforçou ainda que as pessoas atribuem muitos estereótipos às mulheres agredidas, como se fossem “mulher de malandro” ou que gostem de apanhar. Solange falou que não é por falta informação, mas como a pessoa está envolvida na situação e em qual condição.

“A violência doméstica está em todas as classes sociais, não é por falta de informação. Eu mesmo tenho formação superior, pós e doutorado, e passei por essa situação. Então, precisamos entender que, muitas vezes, a pessoa está fragilizada e precisamos fortalecer essa mulher para que ela possa entender e tomar a decisão de sair dessa relação”, admitiu.


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