A política este ano começa a pegar fogo na urbe Costa Marques. Parece que dessa vez será necessária a intervenção até do Corpo de Bombeiro. Se não conseguir acalmar os ânimos, quem sabe usar 10% da água do Rio do Guaporé e transformar em água benta para refrescar a moringa da classe política do município. O registro de hoje está relacionado à ação indenizatória proposta pelo vereador mais malhado pela situação. Nem Judas foi tão judiado igual a ele nesses quatro anos de mandato de prefeito que já recebeu dois milagres nesse período em que está sendo chefe do paço municipal. Trata-se dos autos de número 7000765-14.2020.8.22.0016, tramitando no Juizado Especial Cível, do juízo singular da comarca Costa Marques. Como autor Clebson Gonçalves da Silva, ex-presidente do legislativo e atualmente edil pelo PSDB. Como requeridos, Vagner Miranda da Silva, prefeito, Eneias Zangrandi, secretário de Obras, que o deputado Lebrão adora chamá-lo de “meu filho” e Wagney Gomes da Silva, que tem nome parecido ao do chefe do executivo, mas nada de parentesco, sendo servidor municipal, lotado no hospital, que no início do mandato de “Mirandão”, vulgarmente conhecido, era opositor ferrenho, inclusive presidia um sindicato que o poder judiciário o considerou ilegal porque não tinha, à época, 2017, “chancela” de órgão fiscalizador ligado ao “falecido” Ministério do Trabalho.
A maioria das ações indenizatórias vem desse “inferno” chamado ZAP, linguagem popular, para abreviar o nome, porque em inglês é um castigo pronunciá-lo corretamente. O ZAP todo mundo quer largar, porém ninguém ficar de fora. Ou seja, fica o dito pelo não dito. E quando tem grupo, aí que aparecem as fofocas, comentários sem pé e sem cabelo, uma verdadeira odisseia no mundo da intolerância, do ódio e da ira. Quem adora frequentar esse tipo e ambiente, os grupos do ZAP são um convite tentador. Antes eu participava de 30 grupos. Hoje descartei-o em torno de 99%. Minha intenção é chegar no 100% até o fim do ano. Será minha maior vitória contra a acomodação, da marcação serrada e de tanto tipo de situação que a vontade é jogar o aparelho do outro lado do Rio Guaporé, próximo de San Joaquim, na Bolívia, para nunca mais usar.
Consta na inicial no processo de indenização promovido pele vereador em faces das pessoas acima mencionadas o seguinte: “O requerente relata que os requeridos são administradores do grupo de WhatsApp “VOZ DO POVO”, que nesse grupo o requerente foi acusado de ter sido processado por estupro, pelo participante denominado “O VINGADOR”. Devido à gravidade das publicações, a notícia se espalhou, e o requerente recebeu o conteúdo publicado do grupo administrado pelos requeridos, uma vez que não faz parte do grupo. Informa que este participante, “O vingador”, não tem foto, e que fica publicando no grupo acusações, conforme documentos anexos. Informa ainda que tem sofrido ataques devido se posicionar contra a administração da Prefeitura de Costa Marques/RO, que o faz, exercendo seu dever de vereador. Desta forma os requeridos lhe causaram danos, tendo em vista que o requerente é político e vive de sua imagem pessoal e familiar, que foi atacada publicamente pelo participante do grupo administrado pelos requeridos. As mensagens veiculadas no grupo, causaram danos irreparáveis ao requerente e seus administradores, não agiram para impedi-as ou coibi-las, já que tem o poder de excluir ou adicionar pessoas. Destarte, diante da violação de sua honra, a autora vem diante de vossa excelência requerer a condenação de cada um does) requerido(s) ao pagamento de RS 19.855,00 (dezenove mil c oitocentos C cinquenta C cinco reais) a título de indenização pelos danos morais”, disse o nobre parlamentar. (Jornalista Ronan Almeida de Araújo – DRT-RO 431-98).
