Quarta-feira, 01 de maio de 2024



Ação Tracoma é realizada em quatro escolas de Ji-Paraná

A Prefeitura de Ji-Paraná, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), e o Governo de Rondônia, por intermédio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), estão realizando a Ação Tracoma, com crianças e adolescentes do município.

O projeto é realizado anualmente, porém, devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), não aconteceu nos últimos dois anos. Os atendimentos foram iniciados na manhã desta terça-feira (22) e seguem até a sexta (25).

Durante o atendimento, as equipes realizam um exame oftalmológico externo, utilizando uma lupa com 2,5 vezes de aumento, para analisar as córneas e pálpebras internas das crianças, observando possíveis sinais da doença.

A Ação Tracoma tem o objetivo de supervisionar e realizar a busca ativa de crianças e adolescentes, entre 5 e 14 anos de idade, para realizar o diagnóstico precoce da doença, evitando o contágio em maior proporção dentro das salas de aula.

“Desse modo, conseguimos frear essa cadeia de contágio entre os estudantes da Rede Pública de Ensino. Orientamos os pais e responsáveis das crianças que testaram positivo, para que elas possam ser tratadas e acompanhadas adequadamente, evitando a cegueira”, explicou Kattyusce Soares Rabelo, diretora da Divisão de Programas Estratégicos da Semusa.

O Tracoma é uma doença inflamatória dos olhos, causada por uma bactéria Chlamydia Trachomatis. Ocorre com mais frequência em crianças e, apesar de ser facilmente tratada, é a maior causadora de cegueira evitável do mundo. Os sintomas são parecidos com de conjuntivite, olhos vermelhos, irritados, com lacrimejamento.

Na terça-feira, a Ação Tracoma ocorreu na Escola Estadual Antônio Bianco, no Jardim Presidencial. Nesta quarta (23), o projeto é realizado na Escola 13 de Maio, no bairro Santiago. A Escola Silvio Micheluzzi, no bairro Habitar Brasil, recebe a ação nesta quinta (24). Os atendimentos se encerram na sexta-feira, na Escola 31 de Março, no bairro Nova Brasília.

A Ação Tracoma é realizada em uma parceria entre a Agevisa e a Semusa, por meio do Departamento de Atenção Básica (DAB) e da Divisão de Programas Estratégicos. As quatro escolas foram selecionadas de acordo com os índices de casos positivos da doença nos últimos dois anos.

“Junto a esta ação, também vamos analisar a situação epidemiológica das micoses sistêmicas, como a paracoccidioidomicose [PCM], que é uma doença endêmica do continente sul-americano, causada pelo fungo Paracoccidioides Brasiliensis. É a principal micose sistêmica no Brasil, concentra 80% dos casos reportados mundialmente, é popularmente conhecida como paracoco ou doença do capim”, ressaltou Kattyusce.

Matéria: Marco Bernardi
Fotos: Arquivo Semusa


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