Sábado, 18 de maio de 2024



BR-364 – “Corredor da Morte” de Rondônia discutido em audiência pública

São pouco mais de 700 quilômetros ligando Porto Velho, capital de Rondônia, a Vilhena, na fronteira com o Mato Grosso. Bem menos que os cerca de 7 mil quilômetros de estradas vicinais do município de Porto Velho, que tem área territorial maior que alguns estados e vários países. O assunto em pauta é a BR 364, a mais importante rodovia federal de Rondônia, que novamente, como ocorre todo final de inverno amazônico (chuvas, quase que diárias durante cerca de seis meses) está tomada pelos buracos.

Porto Velho, capital de Rondônia tem no porto graneleiro do rio Madeira um importante canal de exportação de grãos (soja, milho, café) além de carne bovina e suína. A conexão com o interior é direta e de custo inferior aos portos do Paraná e Santa Catarina, por isso, boa parte da safra de grãos do Mato Grosso utiliza o porto do rio Madeira para exportação, por isso, o movimento diário em períodos de safra é de 2,5 mil a 3 mil carretas, bitrens e treminhões/dia.

Na semana que está sendo encerrada hoje (9), vários acidentes ocorreram em razão do excesso de buracos na rodovia, que tem trechos com o tráfego completamente comprometidos, como na passagem por Itapuã do Oeste, distante 100 quilômetros de Porto Velho. Ao desviar ou cair em um dos buracos os motoristas perdem o controle dos veículos e acabam tombando, saindo da pista u colidindo com os que vem em sentido contrário. Além dos danos materiais, interrupção de pistas, muitas famílias ficam enlutadas. Não é por acaso que o trecho Porto Velho/Vilhena, da 364, é denominado de “Corredor da Morte”.

Oportunamente o presidente da Assembleia Legislativa (Ale), deputado Alex Redano (PRB-Ariquemes) marcou audiência pública para a próxima quinta-feira (14), às 15h, na Casa do Povo, para discutir a situação da 364 e das demais rodovias federais de Rondônia, como a 429, ligando presidente Médici a Costa Marques, a 425 (Porto Velho a Guajará-Mirim), e 421 (Ariquemes-Guajará-Mirim), que também estão com os pisos totalmente comprometidos e perigosos, não oferecendo a mínima segurança para um trânsito seguro.

A sociedade organizada deve participar ativamente da audiência na Ale-RO, para discutir com os deputados estaduais, e principalmente os deputados federais e senadores, a situação da 364 e das demais rodovias federais no Estado. Prefeitos e vereadores, pessoal do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) também estarão na audiência.

É importante destacar, que a 364, por exemplo, foi construída na década de 80. O piso não tem condições de suportar o atual volume de tráfego de veículos pesados, pois o alicerce não foi projetado para a demanda dos dias de hoje.

Não basta tapar buracos, um trabalho paliativo, que só “estufa” os bolsos das empreiteiras e não soluciona o problema. É necessário restaurar o trecho e adequá-lo à realidade, e. numa segunda etapa duplica-lo, pois como está, não há condições de atender a demanda atual.

Restauração já! Duplicação agora!

Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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