Terça-feira, 30 de abril de 2024



Candidato do PT, à Prefeitura de São Miguel, representava frigorífico JBS, uma das empresas mais processadas por atos de corrupção no Brasil

De repente, Fábio de Paulo, ex-preposto do frigorífico JBS na cidade de São Miguel do Guaporé, resolveu defender os direitos dos pequenos trabalhadores,
em razão de ter aceitado o convite do PT, de ser o candidato ao cargo de chefe do executivo municipal. Porém, em passado recente, defendia, bravamente, as cores
azul e branco da empresa JBS, uma das mais processadas por envolvimento em atos de corrupção no Brasil. Nas audiências trabalhistas que aconteciam na Vara
do Trabalho de São Miguel do Guaporé, as quais representava a planta, o candidato do PT, dificilmente, fazia acordo sobre direitos trabalhistas buscados
por pessoas que tiveram seus contratos rescindidos com a empresa. A alegação, à época, é a mesma de hoje: “a empresa já pagou tudo, a empresa está em condições precárias devido à falta de gado para o abate, entre tantas falácias, ditas para quem sentava do outro lado da mesa de audiência: representando a classe
patronal. Do outro lado, as partes postulantes, esperando a possibilidade de realização de um acordo, porém a JBS prefere interpor recursos quando as ações
são julgadas procedentes, inclusive demandando até em última instancia: o TST.

Hoje, como candidato, está fazendo campanha defendendo a luta dos trabalhadores, combatendo a desigualdade social e salarial entre ricos e pobres, defendendo outras cores: a vermelha e branca, símbolo do petismo, que persiste em sobreviver numa nação quer distância daqueles que, no passado, criaram os maiores escândalos de corrupção: Mensalão e Petrolão. Falar em nome da classe operária é fácil, mas está com ela diariamente, parece que existe um muro à frente, intransponível, entre a prática e o discurso. Quando um político do PT toma posse, esquece a prática e começa a trilhar na teoria de que “o caixa da prefeitura está comprometido; não há condições de aumentar salário do funcionalismo público; vamos ver se arrumamos uma portaria para um parente, etc”.

Ser prefeito de um município importante como São Miguel não é pagar aventureiros e para administradores que até recentemente lidava com finanças empresariais de grande vulto, mas que não se compromete em ajudar a municipalidade, preferindo fazê-lo em São Paulo, doando 16 milhões de reais para melhorar a Biblioteca da PUC. Na cidade, a JBS, recentemente, dou uma ambulância, talvez mais pensando nos seus funcionários, que de vez em quando são contaminados com explosão de gás, do coronavirus, com acidentes de  trabalho dos mais variados, como corte dos dedos, sequelas da clavícula, estouro de hérnia no disco, inclusive morte de motorista transportando bovino para o abate, que estava sendo trazido do Mato Grosso, quando, de repente, no distrito de Migrantinópolis, um funcionário que antes de prestar serviço para o JBS, era vereador do próprio partido do atual postulante ao cargo de chefe do executivo municipal. Talvez não saiba, mas registra, oportunamente, seu nome: Romildo, do qual sua família foi “recompensada” com uma indenização de R$ 100.000.00.

 

 

 

(Jornalista Ronan Almeida de Araújo – DRT-RO-431-98)


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