Sexta-feira, 17 de maio de 2024



Gestão de Glaucione não avança em dois anos

A prefeita de Cacoal (RO), Glaucione Rodrigues (MDB), não tem muito o que comemorar nesses dois anos de administração. Das promessas de campanha, poucas materializaram nesse período. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que entraria em operação em 15 dias, segundo discurso de campanha, caiu em descrédito. A obra, que custou  quase R$ 2 milhões entregue em 2016 é o verdadeiro retrato do descaso. Tem aparelho de raio-X novo que não funciona, 15 macas que poderiam ser utilizadas, abandonas e equipamentos espalhados nos corredores.

Das promessas de campanha, poucas materializaram em dois anos. – Foto: Divulgação

“Passa prazo, vence prazo e o Executivo só vivendo de desculpas. A promessa era que em 15 dias resolveria o problema, já vamos pra três anos que ela está pronta: um na gestão passada de Franco Vialeto e dois na dela. A maior vergonha, é que temos técnicos em radiologia em outras funções não podendo trabalhar, em razão desse descaso. Uma unidade que não funciona isso é lamentável”, lamento Mario Moreira (Jabá), vereador.

Com a demora na inauguração os vândalos furtaram toda a fiação elétrica. O Executivo chegou a encaminhar a Câmara Municipal um projeto de aditivo para manutenção. Com demora na retomada dos trabalhos os vândalos agiram novamente, desta vez levando os tubos de oxigênio.

 

 

Situação semelhante ocorre na Casa da Gestante. A obra que custou R$ 229,4 mil deveria ser entregue em fevereiro de 2017 para dar e garantir suporte as gestantes, nada disso aconteceu, hoje está tomada por mato e abandonada, em pleno centro da cidade. “Além das obras não serem concluídas, eles tentam esconder as placas para não revelar a dimensão do descaso da administração. Os recursos aplicados são Federais deixados pelo ex-prefeito em relação a última enchente que alagou a Casa das Gestantes”, complementou.

Além das obras não serem concluídas, eles tentam esconder as placas para não revelar a dimensão do descaso da administração. Os recursos aplicados são Federais deixados pelo ex-prefeito em relação a última enchente que alagou a Casa das Gestantes.

A equipe de reportagem tentou ouvir a prefeita Glaucione Rodrigues ou Secretária de Saúde, ambas não estavam na cidade, segundo a Assessoria de Imprensa.

Em visita surpresa ao pátio das unidades, uma situação bem atípica. Uma Van adquirida em 2014 com capacidade para 20 lugares também abandonada e com peças trocadas. O veículo mil custou R$ 278 recursos do Calha Norte foi utilizada somente quatro mês devido a uma acidente. A manutenção custou R$ 50 mil, mais conseguiram fundir o motor.

Tem ainda mais um Etios da atenção básica em desuso e outro Etios do Procon na mesma situação, porém há sete meses parado. A coordenadora do Procon, Karuze Lessa Andrade apresentou outra versão. “O carro até o momento que eu peguei e assumi o Procon está usando. A gente estava geralmente fazendo nossas visitas e fiscalizações dentro da normalidade. Um funcionário público que não quis se identificar, temendo represália. Confirmou que o veículo de fato estava parado. “Basta conferir quilometragem, há não ser que eles tentem utilizar a noite para alterar o marcador”, denunciou.

Glaucione foi eleita com 44,90% dos votos válidos em 2016. Aos 48 anos, foi à terceira vez que ela disputou a prefeitura de Cacoal. Na diplomação prometeu rigor no combate a corrupção, mas as denuncias parecem manchar sua gestão. Os vereadores da cidade dizem que o nepotismo é algo vidente na gestão dela, denominada a Grande Família.

Em dois anos a prefeita mudou por seis vezes o secretário da Secretária Municipal de Trânsito (Semtran); Agricultura já é terceiro secretário; Obras está no quarto Secretário; Fazenda também já houve quatro mudanças; Planejamento duas mudanças e Saúde duas alterações e assim segue em outras secretárias.

A cidade de quase 100 mil habitantes conhecida como a Capital do Café, se transformou na cidade dos buracos. Mesmo com a promessa da usina entrar em operação, ruas e avenidas estão intrafegáveis devido à quantidade de buracos.

Diario da Amazonia

 


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