Segunda-feira, 29 de abril de 2024



Idosa que esperava cirurgia cerebral morre devido à demora de atendimento em hospital de RO, diz MP

Uma paciente, 77 anos, que aguardava por procedimento cirúrgico morreu devido à demora na aquisição de materiais nas unidades hospitalares de Rondônia. O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) ingressou com uma Ação Civil Pública solicitando a regularização com urgência na prestação de cirurgias nas unidades.

De acordo com informações do MP, a paciente estava na fila de espera para uma cirurgia por causa de um aneurisma cerebral, mas os hospitais de Emergência e Urgência de Cacoal (HEURO) e Regional de Cacoal (HRC) não tinham os recursos necessários para realizar o procedimento. Além disso, o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro em Porto Velho também não tinha o material específico disponível.

Heuro de Cacoal: Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal — Foto: Governo de RO/Reprodução

Heuro de Cacoal: Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal — Foto: Governo de RO/Reprodução

O Ministério Público tomou medidas legais para obter a aquisição dos materiais necessários para a cirurgia da paciente. Apesar das decisões liminares, a demora persistiu. Durante o período de espera, a saúde da paciente, que não estava em uma unidade de terapia intensiva (UTI), piorou e ela morreu.

A falta de equipamentos, materiais cirúrgicos e de profissionais especializados tem prejudicado pacientes que necessitam de tratamento de urgência e emergência e não conseguem atendimento nas unidades hospitalares de Cacoal, alega o MP.

Além dos moradores da cidade, a unidades de saúde HEURO e HRC atendem pacientes de pelo menos 32 municípios de Rondônia e de estados vizinhos, como Mato Grosso e Amazonas, além de prestar assistência a pacientes estrangeiros.

O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) entrou com uma ação para que o Estado de Rondônia resolva a carência de equipamentos e equipe médica especializada no Hospital de Emergência e Urgência de Cacoal (HEURO) e no Hospital Regional de Cacoal (HRC).

g1 entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e aguarda um posicionamento.

Por Emily Costa, g1 RO


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