Terça-feira, 14 de maio de 2024



Pacientes comemoram sucesso de transplante

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Jhones Silva e Ronaldo Martins ainda comemoram o sucesso do transplante de rim que os dois fizeram no mesmo dia, no Hospital de Base (HB), em Porto Velho, referência no atendimento de alta complexidade em Rondônia.

Jhones, que trabalha na área de Saúde, classificou como um renascimento, uma nova vida, o êxito na cirurgia feita pela equipe do HB. De acordo com ele, há pouco mais de três anos passava por sessões de diálise e a possibilidade do transplante foi uma luz no fim de um túnel e agora volta a ter esperança de uma vida normal.

O mesmo sentimento de gratidão tem o artesão Ronaldo Martins. Ele fez questão de destacar o empenho, dedicação e compromisso da equipe do HB. Para ele, a população precisa conhecer o esforço que esses profissionais fazem para salvar vidas. Esse trabalho, em sua análise, tem que ser mostrado à população rondoniense.

Com o sucesso da cirurgia, Ronaldo espera recomeçar a vida. Um de seus projetos é retomar os estudos, interrompidos pelo avanço da doença e a fragilidade que ela causa. Mesmo no hospital, Ronaldo diz já ter forças para pensar no futuro, cuidar da família e ter uma vida melhor.
Todo o processo antes e depois das cirurgias é acompanhado pela equipe da Central de Transplantes do HB. Os rins foram doados pela família de um jovem de 19 anos, de Alta Floresta do Oeste, que teve morte cerebral após sofrer um acidente de motocicleta.
Josefa Maria Martins, mãe de Ronaldo Martins, diz que a notícia sobre a doação foi recebida com alívio pela família. “Era um sofrimento muito grande. Ele me ligou e disse ‘mãe, meu rim está chegando, arruma tudo que vamos para o hospital’. Fiquei tão feliz que nem sabia o que eu fazer”, disse emocionada. Assim que o procedimento em Ronaldo foi concluído, a equipe do HB deu início ao segundo transplante do dia.

Rins foram coletados pelo hospital de cacoal

A8 - Terceira copyEdicléia Gonçalves, coordenadora da Central de Transplantes, adiantou que o processo tem que ser rápido, porque, após coletados, os órgãos só resistem por até 36 horas. “É uma corrida contra o tempo”, afirmou, lembrando que a agilidade da decisão das famílias dos doares também é fundamental. “Às vezes, devido à demora, o coração do doador pára antes da retirada dos órgãos, que precisam de oxigenação”, lembrou.
A coleta dos rins para os dois transplantes foi feita no Hospital Regional de Cacoal, pela equipe médica do Hospital de Base de Porto Velho. A cirurgia demorou cerca de três horas.

O primeiro transplante de órgãos de Rondônia foi realizado no dia 29 de maio deste ano. O colono João Vieira Assis, que recebeu um rim, deixou o HB 10 dias após a cirurgia. Ele mora em Ouro Preto D’Oeste e já voltou à sua rotina, afirma.

Para a médica nefrologista Tatiara Bueno, que integra a equipe da Central de Transplantes, as cirurgias são possíveis devido à melhoria da estrutura do HB e ao avanço que a Central de Transplantes de Órgãos vem obtendo nos últimos anos. Ela lembra que desde 2011, foram realizadas 21 captações, num total de 42 rins e um fígado.

Todo o trabalho realizado pela Central de Transplante tem a gerência do médico Alessandro Prudente, pioneiro na área em Rondônia, além da tutela da Santa Casa de Porto Alegre (RS), segundo maior centro de referência do Brasil em transplantes.


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