Sábado, 18 de maio de 2024



Vereadores presos também serão investigados pela Câmara Municipal através de CPI

camara municipal de porto velhoA Câmara Municipal de Porto Velho anunciou que, a exemplo da Assembleia Legislativa do Estado, irá instalar uma Comissão Parlamentar de Inquéritos (CPI) para investigar o envolvimento de vereadores da Capital com o esquema de corrupção, tráfico e outras operações criminosas desmontado pela Operação Apocalipse, desencadeada pela Polícia Civil de Rondônia. Até agora três estão parlamentares municipais estão presos e outros dois são alvos de investigação.

Com o fim do recesso na câmara, ocorrido na quarta-feira, 31, e a retomada das sessões a partir da próxima segunda-feira, 05, a expectativa é de que a pauta dos edis que ainda restam no legislativo municipal seja direcionada justamente no sentido de garantir a criação, nomeação de membros e instalação da CPI.

Até aqui a Operação Apocalipse já apontou a participação de três edis no esquema de tráfico, lavagem de dinheiro, fraudes e Marcelo Reis e Eduardo Rodriguescorrupção montado e coordenado por uma quadrilha de Porto Velho, sendo eles os vereadores Marcelo Reis e Eduardo Rodrigues, ambos do Partido Verde (PV), e Jair Montes do Partido Trabalhista Cristão (PTC). Segundo as denúncias apresentadas pela Polícia Civil os mesmos estariam ligados a um esquema que financiava campanhas políticas com dinheiro de tráfico de drogas e golpes em empresas de cartão de crédito.

Outros dois vereadores estão na alça de mira da operação, Pastor Delson, do Partido Republicano Brasileiro (PRB), e Cabo Anjos, do Partido Democrático Trabalhista (PDT). O envolvimento deles ainda está para ser determinado pela Justiça, porém as legendas que eles representam já tomaram providências internas no sentido de também apurar os fatos.

Para garantir que os resultados de uma comissão que venha a ser instalada não seja modificado ou atenuado por força de decisão judicial o presidente da câmara municipal, Alan Queiroz, explicou que recorreu ao regimento interno para saber qual procedimento adotar e solicitou um parecer da procuradoria decidindo pela instalação de uma comissão investigativa.

A comissão será composta por apenas três vereadores escolhidos por sorteio. Eles terão o prazo de 90 dias para emitir relatório final, que deverá ser votado em plenário. A punição vai desde censura até cassação do mandato.

Entretanto, o próprio regimento interno aponta para uma divergência de entendimento. Como três dos investigados continuam presos, a norma da casa prevê que, caso os vereadores se ausentem em oito sessões ordinárias seguidas, são afastados do cargo e terão salário suspenso. “Os cinco serão investigados separadamente, para que respondam de acordo com a sua culpa”, finaliza Queiroz.


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