O governador Confúcio Moura e o senador Valdir Raupp, além de assessores, foram outra vez ao Dnit pressionar por várias obras federais que não andam, em Rondônia. Inclui-se aí os viadutos de Porto Velho, que podem para o anedotário nacional, como existentes só no mundo virtual. A situação da BR 364 e da BR 425 – aquela mesmo que de vez em quando deixa Guajará Mirim isolada – são problemas graves, que parecem se eternizar. Várias vezes Confúcio, senadores, deputados federais, estaduais e até vereadores foram ao Dnit e…nada. Muita conversa, papo furado, desculpas esfarrapadas – e outras, para se ser justo, até com alguma base – mas, o que ocorre na vida real é que as obras andam a passos de cágado, quando andam. Agora, as desculpas são relacionadas com greve no órgão, com problemas de falta de prestação de contas, com necessidade de novas concorrências. O general Fraxe, de quem muito se esperava, porque os militares sabem fazer estradas e obras públicas de vulto – e gostam disso – está se saindo o rei da enrolation, uma expressão já abrasileirada, que entrou no nosso vocabulário por conta das promessas de governantes e políticos que jamais são cumpridas.
Não se pode dizer que a classe política de Rondônia não está se mexendo. Prova concreta disso é o viaduto de Ji-Paraná, construído com qualidade e quase em tempo recorde, graças ao esforço e à pressão de lideranças políticas, do governo ao Senado, à Câmara Federal e à Prefeitura da cidade. Já em Porto Velho, parece que há é uma multidão de sapos enterrados, quando na verdade enterradas estão a competência e a boa vontade do Ministério dos Transportes e do Dnit. Todos os argumentos foram usados, todas as pressões foram feitas. Nada disso, até agora, adiantou na prática. Quem poderá nos socorrer?
INCÓGNITA
A Assembleia voltou com tudo, com votações importantes, mesmo reduzida a apenas 20 deputados. As sessões normais voltam agora já nesta próxima semana e só param no final do ano. Na reabertura dos trabalhos, os parlamentares começaram lendo correspondências, pedidos de providências e escolhendo o novo conselheiro do TCE. No geral, o clima na ALE é de expectativa e tensão. O que acontecerá daqui para a frente é incógnita. Vamos esperar para ver…
DEMISSÃO EM MASSA
Outra questão que está circulando como informação oficial é relacionada com a necessidade de que a Assembleia terá que demitir mais 300 pessoas, em cargos comissionados, para se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal. Há alguns meses atrás, já “voaram” perto de 300 e agora, outros tantos estão na alça de mira. O Tribunal de Contas já teria alertado o comando do parlamento para a necessidade das demissões. O assunto deve ser mais uma batata quente para os deputados descascarem neste segundo semestre.
SOB APLAUSOS
O presidente da Assembleia, Hermínio Coelho, reassumiu seu cargo ontem. Exatamente às 9h10 da manhã, ele entrou no prédio do parlamento, recepcionado por vários funcionários da casa. Quando entrou pelos corredores, Hermínio foi aplaudido por cerca de uma centena de pessoas. Falou rapidamente sobre a volta, apertou mãos e seguiu para seu gabinete, do qual esteve afastado durante 30 dias. A partir de agora, começa a nova fase de Hermínio no comando da casa. O que acontecerá, só os próximos dias é que indicarão.
CURRÍCULO DE PESO
Houve algum burburinho, até comum nos meios políticos, mas foi pacífica e tranquila a indicação de Benedito Alves para ser o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Escolhido pelo governador Confúcio Moura, Benedito deixa a Secretaria da Fazenda para ocupar o posto vitalício. É um dos rondonienses melhor preparados para a função e tem um currículo daqueles de orgulhar qualquer um. Benedito, certamente, será um importante referencial no TCE do nosso Estado.
MESTRE E ALUNO
As voltas que a vida dá: há anos atrás, o então estudante Wilber Coimbra batalhava em Ji-Paraná para seguir no curso de Direito. Tinha que fazer cópias de textos para continuar seu aprendizado. Um dos seus professores, Benedito Alves, abriu sua biblioteca pessoal para que o aluno pudesse ter acesso a livros que o ajudassem numa formação melhor. Agora os dois serão companheiros no Tribunal de Contas. Wilber não esquece o mestre e deve ser o responsável pelo discurso de recepção de Benedito, eleito esta semana como novo conselheiro. Não é uma bela história que marcou a vida de ambos?
DIA DE DECISÃO
Sábado decisivo para o PT rondoniense. Hoje em Ji-Paraná, o diretório estadual se reúne para tomar conhecimento do relatório da comissão de ética do partido, comandada pelo advogado Ernande Segismundo. No encontro, os petistas vão decidir se o relatório será aprovado ou não e, em caso de aprovação, se as punições que ele pedirá a vários membros do PT rondoniense deverão ser acatadas. Estão na alça de mira o ex-prefeito Roberto Sobrinho e alguns dos seus principais assessores. Todos, membros de um grupo antagônico ao de Segismundo, de Fátima Cleide e vários outros petistas também muito conhecidos. O sábado será explosivo!
PERGUNTINHA
Será que a decisão da presidente Dilma de não diminuir sequer um dos seus 39 ministérios caiu bem na opinião pública brasileira?
SÉRGIO PIRES é jornalista. Iniciou sua carreira no RS no início dos anos 70 e está em Rondônia há quase 18 anos. Em 2012, completou 40 anos de profissão, sempre atuando na área do jornalismo. Durante oito anos, assinou a coluna PRIMEIRA MÃO no jornal FOLHA DE RONDÔNIA. Assina a coluna OPINIÃO DE PRIMEIRA, diariamente, no jornal O ESTADÃO DO NORTE e reproduzida, hoje, em 45 sites de notícias no Estado. Entre suas atividades, destacam-se os dois anos em que foi diretor de comunicação do Governo do Estado. Apresenta um programa de Televisão, na TV Candelária/Record há 13 anos. O programa CANDELÁRIA DEBATE vai ao ar aos sábados, via satélite para todo o Estado. Participa também do programa PAPO DE REDAÇÃO, em rede estadual, pela Rádio Parecis FM, considerado o maior fenômeno de audiência do rádio rondoniense. A partir de agora, está presente com mais uma opção de mídia. Lançou o Blog OPINIÃO DE PRIMEIRA (www.opiniaodeprimeira.com.br), que tem seus textos, mais crônicas e contos, em parceria com Vinicius Canova Pires e Lisete Canova.
