Quarta-feira, 15 de maio de 2024



Deputado Cirone Deiró denuncia ações do Ministério do Trabalho contra os produtores de café

A ação do Ministério do Trabalho, que tem ido às plantações de café e multado produtores rurais, em plena colheita, com exigências que as famílias não conseguem atender, foi denunciada pelo deputado Cirone Deiró, durante a sessão desta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa.
“Trago um assunto de suma importância para a agricultura de Rondônia. Na região de Cacoal, Rolim de Moura, Alta Floresta do Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste houve a visita do Ministério do Trabalho, um órgão que espera o início da safra do café para ir nas propriedades rurais proibir que as famílias colham os grãos”.

Segundo ele, “é inconcebível que um país saindo de uma pandemia, saindo de uma crise, com as famílias de trabalhadores lutando para manter sua produção, na hora da colheita chega o Ministério do Trabalho, dizendo que não podem colher o café pessoas abaixo de 16 anos, pessoas que não são registradas, sendo uma prática de anos que é paga por produção, por volume de colheita. Recebe um valor por latão colhido”. De acordo com Cirone, “chega um fiscal da capital, que vive atrás de uma mesa, dizendo que o produtor rural não pode contratar uma pessoa pra colher o café, por uma semana, dez dias, dizendo que ele não tá registrado, que não tem EPI, que não tem a idade mínima de 16 anos. Vai caçar o que fazer! Não vem atrapalhar a produção de Rondônia!”.

Não vamos admitir que o Ministério do Trabalho, um órgão federal, que vá dentro da lavoura apenas criar problemas. Deixem o povo trabalhar, desse jeito, as famílias vão perder o café no pé. Perder a safra. Isso é inaceitável. Faço um apelo ao Ministério do Trabalho que vai lá fiscalizar o homem do campo, o produtor rural, que trabalhou à noite para irrigar a safra e agora não pode colher, pois está sendo perseguido. Deixem a agricultura familiar trabalhar”.

O deputado Laerte Gomes (PSD) reforçou a denúncia do deputado Cirone, atestando que “é uma vergonha o que o Ministério do Trabalho está fazendo, indo nas roças de café e multando, obrigando os produtores rurais a registrar os apanhadores de café. Hoje, muitos produtores trocam serviços com o vizinho, pela falta de mão de obra. É um absurdo e alguém tem que impedir isso”.

O deputado Luizinho Goebel (PSC) também repudiou essa ação. “Tem roça de café que se colhe em um dia, tem a ajuda mútua das famílias de vizinhos. Muitos pequenos produtores que estão querendo entrar no cultivo do café que já estão desistindo, pois não conseguem atender a essa burocracia do órgão. Solicitar aos servidores do Ministério do Trabalho bom senso quando chegar nessas pequenas propriedades, que não têm como atender às exigências”.

Lazinho da Fetagro (PSB) reclamou que “aonde vai parar o setor produtivo de Rondônia? A pecuária sofre com baixo preço na arroba, o leite segue em baixa, o produtor de café perseguido. O Estado poderia ajudar o produtor rural com incentivos, como faz com as grandes empresas, através de incentivos tributários. Porque não podemos reduzir impostos nos maquinários, nos insumos?”. Ele apontou que a reforma trabalhista é a culpada por mais esse problema que os produtores de café sofrem.

Texto e foto: Assessoria


spot_img


Pular para a barra de ferramentas