Quinta-feira, 02 de maio de 2024



Em tese, operação da PC em Costa Marques, no dia de ontem, está sob suspeição

Ontem, a PC desencadeou uma operação chamada de “Fôlego”, na cidade de Costa Marques, para cumprir mandados de prisão e de busca, da qual investiga crimes de furto, associação ou organização criminosa. A nota da polícia judiciária disse o seguinte sobre a referida operaçao: “Na manhã desta segunda-feira (6), policiais da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e do Núcleo de Patrimônio da 1ª DP de Ji-Paraná, cumprem mandados de prisão e de buscas durante a “Operação Fôlego”, que investiga crimes de furto, associação ou organização criminosa e receptação em Costa Marques. As investigações apuram responsabilidade sobre o furto de um respirador mecânico do Hospital Municipal de Costa Marques, avaliado em R$ 18.000,00. Foi decretada a prisão preventiva de Paulo André, suspeito de ser o meliante que subtraiu o aparelho. O acusado confessou que vendeu o aparelho via mercado livre pela quantia mencionada acima e remeteu via Correios para um comprador de Belo Horizonte (MG). Em Belo Horizonte, a equipe de investigadores do Delegado Domiciano Monteiro da PCMG já aguardava a “encomenda” e tão logo os correios entregou o aparelho, os policiais agiram, prenderam o receptador e recuperaram o respirador. A ação foi coordenada pelos delegados Roberto dos Santos, Fred Freitas, Rondinelly Moreira Santos e Júlio Ferreira. A nota da PC informa também que “essa é a primeira etapa da ação, que deve ter continuidade nos próximos dias, com atuação da delegacia especializada em todo o estado de Rondônia. O respirador mecânico é de fundamental importância ao tratamento de pacientes com complicações geradas pelo Coronavírus (Covid-19) como falta de ar, ocasionadas por inflamações nos pulmões e problemas na oxigenação do sangue e eliminação do gás carbônico. Graças ao trabalho dos policiais civis, a população de Costa Marques retornará a ter a sua disposição a ventilação artificial produzida pelo aparelho essencial em época de pandemia. A ação foi coordenada pelos delegados Roberto dos Santos, Fred Freitas e Júlio Ferreira. Em Belo Horizonte, a equipe de investigadores do Delegado Domiciano Monteiro da PCMG já aguardava a “encomenda” e tão logo os correios entregou o aparelho, os policiais agiram, prenderam o receptador e recuperaram o respirador”, completou.

Muitas dúvidas pairam no ar sobre essa “grande” operação da Polícia Civil deflagrada ontem na cidade de Costa Marques. Vamos aos fatos. Primeiro, porque a polícia escolheu logo a cidade que está recendo menos recursos do governo federal destinado a combater à pandemia da Covid-19? Segundo, não há delegado titular nas comarcas de Costa Marques e São Francisco, uma lástima para os dois municípios, que ficam à mercê da bandidagem. O delegado que atuava nas duas comarcas, doutor Reinaldo Vicente Reis, está de licença para disputar uma vaga para “vereador” no município de Costa Marques. Terceiro questionamento que eu faço está relacionado à quantidade de delegado que compareceu para fazer o quê na cidade de Costa Marques? A nota da Polícia Civil é evasiva e nem menciona a qualificação do possível acusado de ter furtado o aparelho do hospital de Costa Marques. Os delegados que estiveram em Costa Marques no dia de ontem, atuam em algumas delegacias a BR-364 e comparecem nas comarcas de Costa Marques e São Francisco quando há flagrante, o que não é o caso dessa operação, pois não se fala se o acusado fora preso na cidade de Costa Marques ou Ji-Paraná, cidade que parece onde o mesmo reside. O delegado Rondinelly Moreira Santos, que atuava como titular na comarca de São Francisco, foi enviado para Cacoal, para trabalhar na DRACO-2, criada pelo ex-governador Daniel Pereira, em pé de guerra contra essa equipe devido à operação Pau Oco.

Rondinelly foi colega de turma de academia da Polícia Civil do delegado licenciado de Costa Marques, Reinaldo Vicente Reis, que já está em campanha eleitoral, que, para mim, até que prove ao contrário, sairá candidato a prefeito do município de Costa Marques. A operação batizada de “Fôlego” começou mal, como o foi em relação à operação Pau Oco, da qual todo mundo sabe o que aconteceu. Há outros municípios em piores situações em relação à transparência do dinheiro público no combate à pandemia da Covid-19, onde vários prefeitos estão cometendo “assalto” contra o contribuinte e a Polícia Civil escolheu exatamente a cidade com menos potencial financeiro entre os 52 municípios do Estado de Rondônia no tocante ao enfrentamento do coronavirus. Há de se perguntar para os diretores da Polícia Civil em relação à fraude de um processo administrativo milionário tramitando na Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia, onde uma quadrilha quase desviou mais de 10 milhões de reais do erário e não vimos a polícia civil tão interessada em se envolver nessa situação. Pelo contrário, o governador Marcos Rocha determinou à Procuradoria Geral do Estado a entrar com um mandado de segurança suspensivo com pedido de liminar, na Justiça Federal, em Porto Velho, para barrar a interferência da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nessa organização criminosa que lesou o contribuinte de Rondônia e do Ceará e não fosse a atuação da força tarefa do Ministério Público, por meio da equipe por nome de GAECRI, liderada pela excelente promotora púbica, doutora Joice Gushy Mota Azevedo, a quadrilha teria desviado um montante significativo da saúde do Estado de Rondônia.

Não acredito que a Polícia Civil venha ser instrumentizada para ajudar determinado candidato, pois a trabalho da polícia judiciária é a defesa da sociedade, promovendo investigação de excelência para tirar de circulação meliantes que aterrorizam o povo do Estado de Rondônia. Mas existem muitas dúvidas quanto à operação de ontem na cidade de Costa Masques, porque logo pela manhã, todos os sites já estavam divulgando a situação, enquanto a operação estava sendo colocada em prática pelos delegados que conduziram a missão de promover diligências relacionas a um furto de um respirador, onde, possivelmente, as diárias dos policiais que comparecem na missão devem ter ficado um pouco salgado para um trabalho que poderia ser feito pelo próprio delegado de Costa Marques, caso existisse e essa situação em relação à ausência de delegado na comarca é muito mais prioritária do que o caso do respirador “furtado”, fato esse noticiado no mundo inteiro como se fosse uma das operações mais bem sucedidas pela Polícia Civil do Estado de Rondônia. Concluo, afirmando que não desconfio do trabalho da polícia judiciária e que ela não esteja envolvida em atividade fora de seus princípios, mas aqui ficam o meu questionamento e as dúvidas apontadas que merecem esclarecimento para toda a população do Estado de Rondônia, que ontem não falou outra coisa não ser esse fato de “tamanha proporção”, que pareceu até que havia sido presa uma grande organização criminosa atuando em fraudes processuais ligadas à aquisição de equipamentos para o enfrentamento da Covid-19 no Estado de Rondônia. (Jornalista Ronan Almeida de Araújo – DRT/RO 431/98).

Portaria PA – Estado de Rondônia (1)

Cria Força-Tarefa no âmbito dos Grupos de Atuações Especiais – GAEs, para atuação integrada em decorrência do coronavirus (2)


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