Terça-feira, 30 de abril de 2024



Porto Velho terá a maior agroindústria do Estado

Em fevereiro o governo do Estado em parceria com a prefeitura inaugura na comunidade de Cujubim, distante 25 quilômetros da capital, a maior agroindústria para o beneficiamento de frutas nativas da região. Com investimentos de R$ 3 milhões, recursos de compensações das usinas do Madeira e capacidade para industrializar 600 quilos de polpas por hora, totalizando uma produção 4,8 mil quilos ao dia.

A estrutura física e os equipamentos de última geração já estão instalados numa área de 250 metros quadrados, distantes 600 metros da margem direita para quem desce o do rio Madeira. Cumprindo todas as exigências, ambientais e sanitárias a agroindústria que será administrada pela Cooperativa de Agroextrativismo do Médio e Baixo Madeira (Coomade), aguarda do Ministério da Agricultura o selo com a liberação do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que já foi aprovada conforme frisa o presidente Antônio Lúcio de Lima.

Durante o recesso de final de ano, técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), reuniram-se com 32 produtores rurais e representantes da comunidade orientando e conhecendo as necessidades para manter a produção de frutas nativas, como açaí, maracujá, cupuaçu, cajá, manga, cacau, banana entre outras garantindo o funcionamento em tempo integral da agroindústria que poderá inclusive comercializar sua produção com outros Estados.

Agroindústria beneficia comunidades no baixo madeira

O grande desafio dos técnicos é aumentar a produção

Na realidade entre fevereiro e março serão inauguradas quatro das cinco agroindústrias projetadas para o Médio e Baixo Madeira, com investimento total de R$ 15 milhões, uma média de R$ 3 milhões, cada uma como resultado, de compensações das usinas para beneficiar as famílias atingidas pela cheia de 2014. O grande desafio dos técnicos da Emater, da secretaria de agricultura do Estado e do município é com a produção de matéria-prima para abastecer as agroindústrias, que começam a despolpar praticamente todas ao mesmo tempo, uma vez que não há, ainda, no extrativismo regional cultivos substanciais o suficiente.

Luiz Pires, presidente do sindicato dos produtores e produtoras rurais do município de Porto Velho, que participou do encontro na Comunidade de Cujubim, entende: “que as estruturas montadas sem nenhum planejamento podem se transformar em verdadeiros elefantes brancos ao longo do rio Madeira”. O presidente adjunto da Emater, Francisco Mendes de Sá, o gerente regional Hilton Uchôa discordam afirmando: “que todo o processo vem se desenvolvendo de acordo com o que foi planejado”.
Na Comunidade de Boa Vista está em fase final de construção a agroindústria que vai atender Nazaré, que vive um drama depois das cheias de 2014 para a produção de matéria-prima e processamento de frutas. Os técnicos da Emater acreditam que essa questão dentro de um ano no máximo estará resolvida e que não haverá prejuízo na continuidade do projeto.

Em são Carlos a situação é diferente. Ali, já está pronta a agroindústria que vai beneficiar a castanha do Brasil, que existe em abundância numa vasta área de matas para ser explorada pelo extrativismo natural e pelas centenas de famílias que residem às margens do rio Madeira e outros que banham a região.

Um pouco abaixo em Calama, outra área bastante sacrificada pelas cheias de 2014 funcionará a agroindústria que também está pronta para extrair e beneficiar o óleo de babaçu, frutos que existem sobrando, se reproduz e se recompõem naturalmente naquela região alagadiça. No futuro, de acordo com Hilton Uchôa, será produzida farinha de babaçu. Na comunidade de Demarcação, no entroncamento dos rios Madeira e Machado onde a cultura da mandioca encontra-se em franca expansão o aproveitamento será na produção de farinha e polvilho.


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